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Simpósio debate impactos e perspectivas da Indústria 4.0 no Brasil e na Alemanha

O evento foi promovido pelo Sistema FIRJAN e a Câmara de Comércio e Indústria Brasil e Alemanha

O evento foi promovido pelo Sistema FIRJAN e a Câmara de Comércio e Indústria Brasil e AlemanhaFoto: Fabiano Veneza

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Publicado em 29/03/2017 12:52  -  Atualizado em  29/03/2017 13:32

Os impactos da automação no setor produtivo e as oportunidades para troca de conhecimentos e tecnologias estiveram em debate no I Simpósio da Indústria 4.0 Rio de Janeiro – Baden-Württemberg. O conceito de Indústria 4.0, também conhecido como Quarta Revolução Industrial, pressupõe máquinas independentes que se comunicam por meio de sistemas de informação.

O estado alemão, principal polo de inovação da União Europeia, tem projetos para fomentar a Indústria 4.0 nas pequenas e médias empresas (PMEs) do país, de forma a aumentar sua competitividade em nível global. Volker Shiek, diretor da Associação Regional de Mecatrônica de Baden-Württemberg, destacou algumas das iniciativas feitas em conjunto com PMEs que envolvem o uso de inovações da Indústria 4.0. Entre as principais estão o desenvolvimento de tecnologias na área da medicina, como um dispositivo de microfluido que permite identificar mais de 30 doenças; e em mobilidade, com balsas elétricas para transporte de veículos.

Gabriela Ichimura, especialista de Inovação do Sistema FIRJAN, abordou os cenários nacional e fluminense da digitalização da indústria. Enquanto que a maioria das indústrias no estado do Rio afirma conhecer tecnologias digitais (63%), apenas 51% as utiliza em seu processo produtivo, aponta pesquisa da CNI.

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Joachim Schemel, vice-cônsul geral da Alemanha no Rio de Janeiro, ressaltou que seu país tem interesse em cooperar com outras economias, como a do Brasil | Foto: Fabiano Veneza


“Para promover a Indústria 4.0, preparamos estudos e publicações com os impactos que esse novo paradigma trará para o setor industrial. Além disso, a FIRJAN tem planos de inserção dessas tecnologias nos Institutos SENAI de Tecnologia (ISTs)”, explicou.

Joachim Schemel, vice-cônsul geral da Alemanha no Rio de Janeiro, ressaltou que seu país tem interesse em cooperar com outras economias, como a do Brasil, para difundir o tema. “Cerca de 15 milhões de empregos na Alemanha dependem do setor industrial. Com a Indústria 4.0 será possível criar novos modelos de negócio e oportunidades. Não se trata de um sonho futurista. A automação é uma peça importante do dia a dia das indústrias, e suas aplicações já devem ser elaboradas hoje”, afirmou.

O evento também debateu a importância do gerenciamento do ciclo de vida do produto para a Indústria 4.0, com exemplos do Brasil e da Alemanha. Já para abordar a realidade virtual nas fábricas inteligentes, foram apresentados os projetos desenvolvidos pelo IST Automação com empresas brasileiras e fluminenses. Entre eles, a digitalização de uma plataforma da Petrobras, para treinamento de funcionários, e a utilização de realidade aumentada na linha de produção da Embraer, a primeira aplicação desse tipo já feita no país. Sedat Bahar, diretor da Häusler KG, mostrou como óculos de realidade aumentada podem ser empregados para transmissão de vídeos em tempo real, para otimização de reuniões corporativas e com clientes, por exemplo.

Desafios em ensino e pesquisa

Foram discutidos, ainda, os desafios em ensino e pesquisa trazidos pela revolução digital. A fim de reduzir as lacunas entre as grandes e as pequenas e médias empresas na utilização de tecnologias da Indústria 4.0, a Universidade de Esslingen criou cursos para formar profissionais qualificados nesse novo modelo produtivo.

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Sedat Bahar, diretor da Häusler KG, mostrou como óculos de realidade aumentada podem ser empregados para transmissão de vídeos em tempo real | Foto: Fabiano Veneza


“As grandes empresas já têm larga experiência com implantação de fábricas inteligentes. A questão é que isso pressiona essa inovação nas PMEs, e não podemos deixá-las para trás. Como consequência, devemos oferecer educação básica para termos jovens capazes de atuar na Indústria 4.0”, disse Rainer Würslin, professor da Universidade de Esslingen.

Ele ressaltou a possibilidade de troca de conhecimentos com o Brasil: “Temos oportunidades de colaboração com universidades brasileiras. Podemos ter cooperações com intercâmbio de professores e alunos”.

Fabiano Gallindo, especialista de Inovação do Sistema FIRJAN, destacou como o Edital de Inovação para a Indústria (antigo Edital SENAI SESI de Inovação) contribui para o desenvolvimento tecnológico do setor no país. Este ano a iniciativa disponibilizará R$ 53,6 milhões para projetos de empresas industriais e startups de base tecnológica.

“O edital não tem como proposta que a empresa inove sozinha. O objetivo é que ela tenha ao alcance os Institutos SENAI de Inovação (ISI) e de Tecnologia (ISTs) para criar novas soluções. O modelo que o SENAI utiliza parece com o alemão com uma rede distribuída de Institutos por todo o país, especializada em diferentes temas para apoiar a inovação na indústria. Os empresários do Rio de Janeiro contam com dois Institutos SENAI para alavancar a Indústria 4.0”, concluiu.

O I Simpósio de Indústria 4.0 Rio de Janeiro – Baden-Württemberg, promovido pelo Sistema FIRJAN e a Câmara de Comércio e Indústria Brasil e Alemanha, aconteceu em 28 de março, no SENAI Tijuca.

 
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