Diretor-presidente da PPSA, Ibsen Flores, apresentou o papel da empresa após as rodadas de licitação do pré-salFoto: Vinícius Magalhães
O papel da empresa Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA) no novo cenário do mercado de óleo e gás foi apresentado pelo seu diretor-presidente, Ibsen Flores, e pelo seu diretor de Gestão de Contratos, Hercules Tadeu, a empresários fluminenses. Até a última semana, a empresa realizava apenas a gestão do contrato de Libra, e agora, a PPSA torna-se gestora de mais seis áreas: Carcará, Sapinhoá, Sul do Gato do Mato, Peroba, Alto de Cabo Frio-Oeste e Alto de Cabo Frio-Central. Os consórcios foram firmados a partir da 2ª e 3ª rodadas de licitação do pré-sal, realizadas na última sexta-feira, 27.
“Das oito áreas ofertadas, seis foram exitosas. O governo conseguiu arrecadar 80% do que previa, o equivalente a R$ 6,15 bilhões em bônus de assinatura. Foi um sucesso o resultado, que refletirá no aumento de oportunidades para toda a cadeia”, afirmou Tadeu. De acordo com ele, o pré-sal vem ganhando cada vez mais destaque no Brasil e no mundo, tendo ultrapassado a produção do pós-sal recentemente.
Para Raul Sanson, vice-presidente da FIRJAN, os leilões deste ano são importantíssimos para gerar demanda e garantir a previsibilidade dos investimentos: “O que nos fortalecerá agora é investir em novas tecnologias para continuarmos a ser competitivos, fortalecendo e desenvolvendo todos os elos dessa cadeia”.
Fundada em 2013, a PPSA é responsável pela gestão de contratos de partilha, pela comercialização de petróleo e gás da União, assim como pela sua representação nos acordos de individualização. Segundo Ibsen Flores, desde o ano passado a empresa passa por uma padronização e otimização dos processos, de modo a desburocratizar a gestão dos contratos.
“Fazemos monitoramento e auditoria do trabalho realizado pelos consórcios. É a partir dessas iniciativas que é possível identificar o montante de óleo lucro (excedente) para remuneração dos investidores, da União e dos royalties”, completou Flores.
O presidente da PPSA afirmou que a companhia ajuda na elaboração de políticas públicas para ajudar a desenvolver este mercado. De acordo com ele, a criação do novo modelo de contrato de partilha usado nos últimos leilões teve participação da empresa.
A empresa também é responsável pela unitização, ou seja, pela individualização da produção e pelos acordos decorrentes dessa medida no Polígono do Pré-Sal. Segundo o diretor, isso é necessário porque as jazidas de petróleo e gás natural podem extrapolar os limites inicialmente previstos nas áreas contratadas.
Assim, é necessário viabilizar o desenvolvimento da produção por meio de um projeto único, permitindo que os custos sejam compartilhados entre os titulares de direitos sobre as áreas, assim como os investimentos a serem realizados na jazida compartilhada sejam otimizados. “Representamos a União nesses acordos”, explicou Tadeu.
O evento “Desafios e Oportunidades para o Mercado de Petróleo e Gás – Visão da Pré-Sal Petróleo S.A.” aconteceu em 30 de outubro, na sede da FIRJAN e faz parte de uma série de encontros que a Federação promoverá até o final do ano para apresentar oportunidades de negócios das operadoras para este mercado. Na edição anterior, em setembro, a Federação recebeu a Total E&P.
Confira a nota do Sistema FIRJAN sobre as 2ª e 3ª Rodadas de Partilha de Produção no Pré-sal.
Acesse a apresentação completa "O papel da Pré-Sal Petróleo".
Veja também o artigo do diretor-presidente da Pré-Sal Petróleo, Ibsen Flores, "Partilha, lições aprendidas com o novo modelo".