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Competitividade / Economia do Rio

Lançamento de publicação sobre perspectivas do gás natural reúne players do mercado

As análises apresentadas no evento estão detalhadas na primeira edição do documento “Perspectivas do Gás Natural no Rio de Janeiro”

As análises apresentadas no evento estão detalhadas na primeira edição do documento “Perspectivas do Gás Natural no Rio de Janeiro”Foto: Vinicius Magalhães

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Publicado em 07/12/2017 10:32  -  Atualizado em  08/12/2017 15:22

O estado do Rio é responsável por mais de 45% da produção nacional de gás natural e, é o maior mercado consumidor do país, com mais de 25% da demanda total do país. Entretanto, seu potencial ainda não é aproveitado ao máximo, de acordo com a opinião de especialistas e agentes governamentais que participaram do lançamento da publicação "Perspectivas do Gás Natural no Rio de Janeiro". O estudo do Sistema FIRJAN reúne análises dos principais atores desse segmento para ajudar a destravar essa indústria.

“Depois de muitos anos, as perspectivas são positivas para a indústria de gás. A partir de 2020, o mercado brasileiro de gás natural será muito mais diversificado e aberto do que é hoje, e os movimentos para isso já estão ocorrendo”, avaliou Décio Oddone, diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

A oportunidade para mudar esse cenário está no Programa Gás Para Crescer, lançado em junho de 2016 pelo Ministério de Minas e Energia (MME). Segundo Symone Cristine Araújo, diretora do Departamento de Gás Natural da Secretaria de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis do MME, a iniciativa foi possível por causa do reposicionamento da Petrobras, que era historicamente responsável pelo desenvolvimento dessa indústria no país. A empresa iniciou desinvestimentos nessa área, abrindo assim espaço para a diversificação do mercado.

“O Gás Para Crescer tem intuito de abrir portas para novos agentes e aumentar a liquidez e a competitividade da indústria. Para isso, é necessário realizar um aprimoramento legislativo do marco legal do gás natural no país, aperfeiçoar as normas tributárias e integrar gás natural ao setor elétrico”, explicou Symone.

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Symone defende que o programa Gás para Crescer abrirá portas para a indústria | Foto: Vinicius Magalhães


De acordo com ela, a mudança tributária está sendo debatida pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) e deve ser aprovada ainda no primeiro trimestre de 2018. Além disso, tramita no Congresso Nacional o substitutivo ao Projeto de Lei (PL) nº 6.407/2013, que estabelece as novas diretrizes para o segmento de gás, já incorporando as medidas formatadas pelo governo no programa.

Na opinião de Bruno Armbrust, presidente da Gas Natural Fenosa Brasil, controladora da CEG e CEG Rio, o Gás Para Crescer deve garantir uma gradativa liberalização do mercado: “A introdução de efetivas medidas de desconcentração e a progressiva liberalização desse mercado terão como consequência maior a concorrência e o retorno dos investimentos em infraestrutura. Para isso, é fundamental garantir que na nova lei a regulação de transporte e distribuição sejam mantidas nos âmbitos federal e estadual, respectivamente, e que a migração dos grandes clientes para o mercado livre aconteça de forma gradual”.

Panorama do estado do Rio

Rodrigo Costa, gerente executivo de Gás Natural da Petrobras, informou, na ocasião, que a oferta do energético pela empresa em sua malha de gasodutos no Brasil vai crescer por volta de 23% em 2017 com o impulso do pré-sal. “No ano passado, a oferta foi de aproximadamente 44 milhões de metros cúbicos por dia”, afirmou Costa, que ainda anunciou a entrega, em 2020, de todo o sistema da Rota 3, conjunto de dutos, gasodutos e a Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) do projeto Comperj, no estado do Rio.

Para Raul Sanson, vice-presidente da Federação, agora é o momento de ativar esse mercado: “Precisamos dar um fim na tendência que vemos de desindustrialização do nosso mercado de gás natural e para tornar este potencial em realidade é necessário o esforço conjunto de agentes”.

Já Maria Paula Martins, subsecretária de Parcerias Público-Privadas, Petróleo e Gás da Secretaria da Casa Civil e Desenvolvimento Econômico do Estado do Rio de Janeiro, chamou atenção para as distorções nos preços do gás, que prejudicam as indústrias instaladas em território fluminense.

“A distorção de preços entre o Rio e outros estados ocorre porque há datas diferentes nas renovações dos contratos de suprimento, o que desequilibra o mercado. Por isso, é necessário uniformizar esses contratos para que os estados tenham as mesmas condições”, avaliou Maria Paula. 

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“Depois de muitos anos, as perspectivas são positivas para a indústria de gás", Décio Oddone | Foto: Vinicius Magalhães



Publicação da FIRJAN

As análises apresentadas no evento estão detalhadas na primeira edição do documento “Perspectivas do Gás Natural no Rio de Janeiro”, lançado no dia 5 de dezembro, pela Federação. Nele, estão contemplados artigos da FIRJAN, MME, Petrobras, Gas Natural Fenosa, Casa Civil do Governo do Estado do Rio de Janeiro, Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (IBP), Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais e de Consumidores Livres (Abrace) e da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim).

De acordo com Karine Fragoso, gerente de Petróleo, Gás e Naval da FIRJAN, essa publicação é mais uma atuação da Federação para aumentar a participação da indústria fluminense no mercado de petróleo e gás: “O gás natural não é apenas um indicador de atividade econômica, como hub de produção, mas também um importante fator de competitividade para a nossa indústria, como consumidora final desse energético”. 

Conheça a publicação Perspectibas do Gás Natural no Rio de Janeiro

 
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