<img height="1" width="1" style="display:none;" alt="" src="https://px.ads.linkedin.com/collect/?pid=4124220&amp;fmt=gif">
Portal Sistema Firjan
menu

Notícias

Firjan

Brasil e Colômbia firmam acordo comercial que ampliará negócios para indústria automotiva fluminense

Acordo ampliará a venda de carros nacionais para a Colômbia

Acordo ampliará a venda de carros nacionais para a ColômbiaFoto: Fábrica Nissan em Resende/Divulgação Nissan

Tempo médio de leitura: ...calculando.

Publicado em 06/06/2017 12:47  -  Atualizado em  06/06/2017 12:53

Um acordo automotivo firmado entre Brasil e Colômbia pode abrir oportunidades para as exportações fluminenses, fomentando toda a cadeia produtiva da indústria. A iniciativa prevê que os países possam exportar automóveis, vans e veículos comerciais leves sem imposto de importação – que atualmente tem alíquota de 16% – por um período de oito anos. O intuito é triplicar o número de automóveis exportados para o mercado colombiano em até três anos. Em 2016, o Brasil vendeu 17,5 mil veículos para o país, dez mil a mais do que o total registrado em 2015.

De acordo com o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), o acordo estabelece cotas para a quantidade de automóveis a serem exportados com alíquota zero. No primeiro ano, serão contempladas até 12 mil unidades; no segundo, 25 mil; e no terceiro, 50 mil. Para as empresas poderem usufruir do imposto zero, será necessário que utilizem um percentual mínimo de equipamentos e serviços brasileiros na fabricação dos veículos.

Ainda segundo o MDIC, no que depender do Brasil, o acordo deverá entrar em vigor o mais rápido possível. A iniciativa de venda e compra de automóveis para a Colômbia com Imposto de Importação zero já havia sido negociada em 2015, mas não entrou em vigor, pois não havia sido internalizada pelo país vizinho. O pacto foi retomado em abril de 2017, após uma reavaliação dos termos.

Benefícios para a indústria

Para Evandro Bizzotto, gerente de Comércio Exterior da Aliança Renault-Nissan, a iniciativa possibilita que o país possa diversificar as parcerias comerciais para exportação de automóveis. Dessa forma, reduzirá a dependência do mercado argentino, principal destino das vendas externas dos veículos brasileiros, a qual também possui acordo automotivo com o Brasil.

“Estamos fazendo um movimento que deveria ter sido iniciado há muito tempo, que é suprimir a nossa dependência da Argentina, criando proximidade com outros países. A Colômbia hoje é um mercado consumidor muito relevante. É um país com parque industrial reduzido, com apenas duas montadoras, o que abre espaço para a presença de empresas brasileiras”, afirmou.

Segundo ele, o aumento de exportações esperado com o acordo fortalece uma política já adotada pela indústria automotiva nacional, a de apostar no comércio exterior para compensar a queda na demanda interna, provocada pela crise econômica no Brasil.

Em 2016, a Renault-Nissan vendeu mais de 40 mil veículos só para a América Latina. Dados do boletim Rio Exporta, produzido pelo Sistema FIRJAN, apontam que no primeiro trimestre de 2017 os países da região se destacaram como parceiros comerciais do estado do Rio.

Comércio Brasil-Colômbia

Em 2016, a Colômbia importou US$ 1,2 bilhão em bens listados no acordo automotivo de 2015, segundo dados do International Trade Center (ITC). Entretanto, o estado do Rio exportou para o país apenas US$ 2,3 milhões desses produtos, de acordo com o MDIC.

Pedro Spadale, gerente da FIRJAN Internacional, destaca que esse cenário revela o potencial de negócios que a economia colombiana oferece para as indústrias instaladas no estado. “A indústria automotiva tem um destaque importante nas exportações fluminenses, que são direcionadas especialmente para a América Latina, em países como Argentina, Chile e Peru, com os quais também temos pactos comerciais no segmento”, avalia Spadale.

Portanto, para o gerente, “há uma capacidade grande de alavancarmos toda a cadeia produtiva estadual nos próximos anos. É uma ação que certamente vai nos ajudar a superar a retração da economia”.

De acordo com Spadale, a Federação pode auxiliar as indústrias interessadas em usufruir do acordo por meio da emissão de certificados de origem, documento que permite às empresas exportadoras se beneficiarem de acordos internacionais que preveem alíquotas preferenciais para os países signatários.

“A FIRJAN é uma instituição de referência para isso. Emitimos muitos certificados cotidianamente e podemos oferecer esse serviço em apoio ao fortalecimento da presença da indústria fluminense em mercados externos”, complementou.

Leia mais na Carta da Indústria 748

 
Para Empresas
Competitividade Empresarial Educação Qualidade de Vida