A adoção de programas de compliance traz mais credibilidade e competitividade às Pequenas e Médias Empresas (MPEs) brasileiras. Segundo Gisela Gadelha, diretora Jurídica e de Compliance da Firjan, muitas vezes as MPEs não se enxergam como possíveis destinatárias das leis envolvendo programas de integridade, acreditando serem restritas a grandes empresas.
Já é considerável, porém, o número de pequenas empresas penalizadas: 47% das multas aplicadas com base na Lei Anticorrupção nº 12.846/2013, em 2018, foram para os pequenos negócios – segundo o Sebrae, eles representam 99% do mundo empresarial brasileiro.
“Mais do que a legislação, possuir um programa de compliance traz um diferencial competitivo, visto que grandes empresas exigem essas regras para seus fornecedores. Quem não se adequa, não é contratado. Portanto, não devemos enxergar essa ferramenta como custo, mas como oportunidade”, ressalta Gisela. Ela lembra ainda da Lei nº 7753/2017, que obriga a instituição de programas de integridade nas empresas que oferecem serviços à Administração Pública do estado do Rio. “Mais um motivo para não ficar de fora”, reforça.
Ainda de acordo com a diretora, há programas de integridade de fácil instalação, simples e efetivos, baseados na realidade, orçamento e riscos de cada companhia. “Estamos à disposição para ajudar as MPEs nesse esforço em direção da ética organizacional”, informa Gisela, que forneceu as informações aos participantes do III Seminário Nacional de Governança e Compliance, organizado em junho pela Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ).
Para mais informações, acesse a página “Programa de Integridade” ou entre em contato pelos telefones 0800 0231 231 (estado do Rio) ou 4002 0231 (demais localidades).