Destaques do Comércio Exterior do Estado do Rio de Janeiro por Regiões | Março 2025
O estado do Rio de Janeiro registrou uma corrente de comércio de US$ 80,4 bilhões em 2024, valor 7% superior em relação ao ano de 2023. O aumento de 6% nas exportações (US$ 52,5 bilhões), somado ao crescimento de 8% nas importações (US$ 27,9 bilhões), contribuiu para um superávit de US$ 24,6 bilhões. Com exceção da capital fluminense, as demais regiões do estado totalizaram US$ 26,6 bilhões em vendas internacionais, o que correspondeu a 51% das exportações totais do estado. Já as importações atingiram US$ 20,6 bilhões, representando 74% das importações de todo o estado em 2024.
Cabe observar que o critério de classificação das exportações por municípios é diferente daquele utilizado nas exportações por Unidades da Federação, pois este considera o domicílio fiscal da exportadora (e não o estado Produtor). Logo, o total computado (de um mesmo período) para a exportação por UF não será idêntico à soma das exportações dos municípios daquela determinada Unidade da Federação.
Em 2024, a capital fluminense somou uma corrente de comércio de US$ 33,2 bilhões, valor 4% superior ao de 2023. Esse resultado reflete um aumento de 5% nas exportações (US$ 25,9 bilhões) e, consequentemente, um crescimento de 11% nas vendas de óleos de petróleo ou minerais (US$ 22,2 bilhões), maior produto da pauta. Em relação aos parceiros comerciais, apesar de as vendas internacionais para a China (US$ 10,2 bilhões) terem registrado uma queda de 5%, o país manteve-se como o principal parceiro comercial, com 39% de participação. Destaca-se também um aumento de 132% nos embarques com destino à Espanha (US$ 2,6 bilhões).
As importações da capital fluminense avançaram 4% em relação ao ano anterior, totalizando US$ 7,3 bilhões. Quanto aos países, os EUA (US$ 1,6 bilhão) permaneceram como o principal parceiro comercial, com 22% de participação. Entre os produtos, houve um crescimento de 70% nas compras internacionais de óleos de petróleo (US$ 1,2 bilhão), o principal produto da pauta. Além disso, registrou-se um incremento nas importações de medicamentos para fins terapêuticos (US$ 481 milhões), especialmente com origem em mercados europeus como Polônia e Espanha.
Em 2024, as empresas localizadas em Caxias e região alcançaram uma corrente de comércio de US$ 20,7 bilhões, mantendo uma estabilidade de 2% comparado com o resultado de 2023. Nas exportações (US$ 15,8 bilhões), 98% da pauta foi composta pelo comércio de óleo brutos de petróleo (US$ 12,7 bilhões) e óleos de petróleo (US$ 2,6 bilhões). Entretanto, destaca-se o crescimento do setor químico, especialmente nas vendas de polímeros de etileno e propileno, que avançaram 25% e 37%, respectivamente.
Em relação aos municípios, Duque de Caxias (US$ 15,7 bilhões) permaneceu como o principal exportador da região. Contudo, cabe destacar São João de Meriti (US$ 1,1 milhão), que registrou um crescimento de 407% nas vendas internacionais, impulsionado por um aumento de 431% nos embarques de preparações capilares (US$ 590 mil).
Nas importações (US$ 5,0 bilhões), os desembarques internacionais de Caxias e região registraram um avanço de 2%, consequência do aumento de 10% nas compras de compostos heterocíclicos (US$ 637 milhões), principalmente provenientes dos mercados da Alemanha e da Índia. Em relação aos municípios, destacam-se as importações de Belford Roxo (US$ 1,2 bilhão), o segundo maior município importador da região, cujas empresas buscaram seus produtos principalmente com parceiros europeus, como Alemanha, Suíça, Bélgica e França.
Com relação à corrente de comércio, as empresas localizadas na região Centro-Norte do estado somaram US$ 30,9 milhões no acumulado anual de 2024, um crescimento de 35% em comparação ao ano anterior. As vendas internacionais da regional atingiram US$ 4,4 milhões, destacando-se as exportações de vestidos, saias e conjuntos de uso feminino (US$ 416 mil), com um crescimento de 24%, principalmente para os Países Baixos.
Quanto aos municípios, Nova Friburgo (US$ 2,2 milhões) permaneceu como o principal exportador da região, apesar do recuo de 23% nas vendas internacionais. Em contrapartida, destaca-se o avanço de 93% nos embarques das empresas localizadas em Cordeiro (US$ 744 mil), impulsionado pelo incremento nas vendas de queimadores e fornalhas para o mercado estadunidense.
No que se refere às importações, as compras internacionais da região Centro-Norte (US$ 26,5 milhões) apresentaram um crescimento de 43%. Esse aumento pode ser explicado pela alta de 109% nas importações de vinhos de uvas frescas (US$ 4,8 milhões), produto que representou 18% da pauta importadora da regional. Nos municípios, destaca-se o aumento de 645% dos desembarques em Cachoeiras de Macacu (US$ 6,8 milhões), em especial de máquinas de lavar louças (US$ 2,9 milhões). Além disso, a Alemanha (US$ 5,6 milhões) consolidou-se como o principal mercado de origem das importações das empresas localizadas na região, com 21% de participação.
No acumulado anual de 2024, a região Centro-Sul fluminense registrou um aumento de 89% em sua corrente de comércio, totalizando US$ 563 milhões. Nesse cenário, foram registrados US$ 146 milhões em exportações e US$ 417 milhões em importações, o que resultou em um saldo comercial deficitário de US$ 271 milhões. Em relação as vendas internacionais, houve um crescimento de 91% em comparação a 2023, com a Índia (US$ 59,1 milhões) sendo o principal destino.
Destaca-se também o aumento superior a 1000% nos embarques de resíduos de cobre (US$ 59,4 milhões), além do crescimento de 22% nas exportações de preparações de carnes (US$ 42,7 milhões). Entre os municípios, as empresas localizadas em Três Rios (US$ 140 milhões) representaram 96% do total exportado pela região, registrando um aumento de 95% em relação a 2023.
Com relação às importações, as empresas do Centro-Sul fluminense somaram US$ 417 milhões em 2024, o que representa um aumento de 89% em comparação ao ano anterior. Esse valor foi principalmente impulsionado pelas compras de turborreatores, turbopropulsores e outras turbinas a gás (US$ 218 milhões), que apresentaram variação superior a 150%. Quanto aos países, os EUA (US$ 176 milhões) foram a principal origem das importações da região, com 42% de participação, enquanto os desembarques com origem na China (US$ 12,8 milhões) apresentaram uma queda de 34%.
Em 2024, a corrente de comércio da região Leste Fluminense apresentou um crescimento de 47%, alcançando US$ 1,6 bilhão. Em relação aos embarques, a regional somou US$ 512 milhões, um aumento de 50% em comparação ao ano anterior. Esse desempenho pode ser explicado pelo aumento de 59% nas vendas de óleos brutos de petróleo (US$ 398 milhões) com destino ao sudeste asiático, especialmente para Malásia e Singapura.
Entre os municípios, Niterói (US$ 468 milhões) manteve-se como o principal exportador da região, com um incremento de 61% nas suas vendas internacionais. Destaca-se também o crescimento de 30% nas vendas internacionais de Rio das Ostras (US$ 5,1 milhões), reflexo do aumento nas exportações de tubos e perfis ocos de ferro ou aço (US$ 2,7 milhões) e outros artefatos para vestuário (US$ 314 mil).
Nas importações, o Leste Fluminense acumulou US$ 1,1 bilhão, registrando um crescimento de 46% em relação ao ano anterior. Esse aumento é explicado pelo crescimento de mais de 1000% nas compras de bombas para líquidos (US$ 243 milhões), provenientes, sobretudo, da Noruega, que foi a principal origem das importações da região, com 23% de participação. Entre os municípios, Itaboraí (US$ 59,1 milhões) se destacou com um crescimento de 283% nos desembarques internacionais, principalmente do setor metalmecânico, com equipamentos para aquecimento e torneiras e válvulas como os principais produtos da pauta importadora.
No acumulado anual de 2024, as empresas da região Noroeste fluminense apresentaram uma corrente de comércio de US$ 8,6 milhões, um aumento de 208%. Apesar desse resultado positivo, as exportações das empresas da região recuaram 19%, totalizando US$ 263 mil. Esse cenário reflete a queda nas vendas internacionais de livros e preparações capilares, que figuraram entre os cinco maiores produtos exportados em 2023.
Em relação aos municípios, Varre-Sai registrou um crescimento de 3% em suas vendas internacionais, representando 64% do total exportado pela região. Destaca-se também o avanço de 14% nos embarques de pedras de cantaria ou de construção (US$ 76 mil), principalmente para o Uruguai.
Nas importações (US$ 8,4 milhões), houve um crescimento de 238% em relação ao ano de 2023. Destaca-se o município de Itaperuna (US$ 4,5 milhões), que apresentou um avanço de 284% nos seus desembarques internacionais, concentrados em setores com maior valor agregado, como máquinas e aparelhos para fabricação de produtos de borracha e plástico, com um preço médio de US$ 51,68 por kg. Entre os principais mercados de origem, ressalta-se o crescimento do relacionamento das empresas da região Noroeste fluminense com o mercado europeu, com a Alemanha (US$ 3 milhões), Portugal (US$ 1,5 milhão) e Países Baixos (US$ 1,2 milhão) como principais parceiros.
A região do Norte fluminense, em 2024, registrou uma corrente de comércio de US$ 5,8 bilhões, 11% superior ao valor registrado em 2023. Nesse cenário, foram somados US$ 4,2 bilhões em exportações e US$ 1,6 bilhão em importações, resultando em um saldo superavitário de US$ 2,7 bilhões. O desempenho das exportações reflete o crescimento de 600% nas vendas internacionais de Macaé (US$ 535 milhões) e o aumento superior a 1000% nas exportações de óleos brutos de petróleo com origem no município. A commodity continua sendo o principal produto da pauta exportadora da região, totalizando US$ 4,1 bilhões em 2024, com um incremento de 11% em relação ao ano anterior.
Nas importações, houve um aumento de 11%, totalizando US$ 1,6 bilhão. Esse resultado foi impulsionado pelo crescimento nas importações dos cinco principais produtos da região, concentrados, sobretudo, no setor metalmecânico. Além disso, com um avanço de 138%, o Reino Unido (US$ 405 milhões) se consolidou como a principal origem das compras internacionais da região Norte fluminense. Nos municípios, São João da Barra (US$ 769 milhões) se destacou com uma variação positiva de 30% nas importações, reflexo do aumento superior a 1000% nas compras internacionais de gás de petróleo.
Em 2024, Nova Iguaçu e região registraram uma corrente de comércio de US$ 3,3 bilhões, mantendo um cenário de estabilidade. Em relação às exportações, houve um aumento de 25% nos embarques com origem no município de Nova Iguaçu (US$ 28 milhões), impulsionado pelo crescimento de 42% nas vendas de bombas e outras munições (US$ 19 milhões), especialmente para a Argélia. Entre os principais parceiros, destaca-se também o crescimento de 25% nas vendas internacionais das empresas localizadas na região para os EUA (US$ 5,1 milhões), em especial de perfis de ferro ou aço.
Quanto às importações (US$ 253 milhões), as compras de Nova Iguaçu e região avançaram 6% em comparação com 2023. Vale destacar as compras com origem no México (US$ 58,3 milhões), que cresceram 53%, tornando-se o segundo maior parceiro da região nesse quesito. Entre os produtos, a pauta importadora da região apresentou um perfil diversificado, especialmente voltado para as indústrias farmacêutica e de higiene pessoal, com destaque para as compras internacionais de medicamentos para fins terapêuticos (US$ 22,1 milhões), com um preço médio de US$ 40,72 por kg.
Em 2024, as empresas da região Serrana registraram uma corrente de comércio de US$ 8,6 bilhões, valor 21% superior ao registrado em 2023. As exportações somaram US$ 414 milhões, apresentando uma queda de 26%, reflexo do recuo de 35% nas vendas de turborreatores, turbopropulsores e outras turbinas a gás (US$ 230 milhões), produto que representou 56% da pauta de exportações da região.
Entre os países parceiros, destaca-se o crescimento de 358% nos embarques com destino ao Panamá (US$ 9,7 milhões). Em relação aos municípios, destaca-se o crescimento de 1% nas vendas de Teresópolis (US$ 908 mil), consequência do aumento nas exportações de sidra e outras bebidas fermentadas (US$ 108 mil).
Quanto às importações, a região Serrana registrou um incremento de 25% em comparação com 2023, somando US$ 8,2 bilhões. Os EUA (US$ 5,9 bilhões) mantiveram-se como a principal origem dos desembarques da região, com 72% de participação. No entanto, vale destacar também as compras com origem em Taiwan (US$ 97,9 milhões), que apresentaram a maior variação positiva (82%) entre os principais parceiros comerciais da região. Na pauta importadora, destaca-se o alto valor agregado nos desembarques, especialmente de turborreatores, turbopropulsores e outras turbinas a gás (US$ 7,1 bilhões), com um preço médio de US$ 3.284 por kg.
Em 2024, a região sul fluminense somou uma corrente de comércio de US$ 6,4 bilhões, registrando um crescimento de 2%. As empresas localizadas no sul fluminense totalizaram US$ 2,5 bilhões em exportações, um avanço de 49%, com barcos e plataformas (US$ 529 milhões) originários de Angra dos Reis como os principais produtos da pauta. Além disso, Itatiaia (US$ 131 milhões) registrou um aumento de 9% em suas vendas, com destaque para as exportações de pneumáticos novos (US$ 82,3 milhões) e resíduos de cobre (US$ 23,9 milhões).
Quanto às importações, a região totalizou US$ 4,0 bilhões, apresentando uma retração de 14% em relação ao ano anterior. Esse cenário pode ser explicado pelo recuo de 62% nos desembarques de coques e semicoques de hulha (US$ 457 milhões), produto que representou 12% das importações da região. Em relação aos municípios, 4 entre os 5 principais importadores apresentaram diminuição nas suas compras internacionais. No entanto, Resende registrou um crescimento de 29% no período, mantendo a maior participação no total importado pela região.
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