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Destaques do comércio exterior do Rio de Janeiro | Março 2025
No acumulado de janeiro e fevereiro de 2025, a balança comercial brasileira apresentou um superávit de US$ 1,9 bilhão, resultado de exportações no valor de US$ 48 bilhões e importações de US$ 46 bilhões. No contexto da corrente de comércio, o estado do Rio de Janeiro manteve-se entre os principais participantes nacionais, com uma participação de 11%, totalizando US$ 10,2 bilhões no período.
As exportações do estado do Rio de Janeiro somaram US$ 5,6 bilhões no primeiro bimestre de 2025, representando uma retração de 28% em comparação ao mesmo período de 2024. Esse desempenho foi impactado principalmente pela queda de 37% nas exportações da indústria de Petróleo e gás natural, que atingiram US$ 4,1 bilhões e corresponderam a 72% da pauta exportadora estadual.
Apesar deste cenário, a indústria de Metalurgia apresentou crescimento de 61%, alcançando US$ 607 milhões, impulsionada pelo aumento de 34% nas exportações de produtos semimanufaturados de ferro ou aço, que totalizaram US$ 390 milhões. Também se destaca o crescimento de 247% nos embarques de automóveis de passageiros (US$ 99,9 milhões), que contribuiu para o aumento de 91% nas exportações da indústria de Veículos automotores, reboques e carrocerias, somando US$ 149 milhões.
As importações fluminenses totalizaram US$ 4,6 bilhões no acumulado de janeiro e fevereiro, representando um crescimento de 13% em relação ao mesmo intervalo de 2024. A principal indústria importadora foi a de Outros equipamentos de transporte, exceto veículos automotores, com US$ 1,4 bilhão em importações e variação positiva de 30%.
Esse crescimento é atribuído, principalmente, às aquisições de partes de motores e turbinas para aviação, que somaram US$ 897 milhões — o que representou 20% da pauta importadora do estado —, registrando avanço de 57%. Destaca-se ainda o aumento de 10% nas importações dos “demais produtos” (US$ 1,7 bilhão), categoria que reúne todos os itens fora dos 15 principais do ranking e que respondeu por 37% do total importado, evidenciando a diversidade da pauta fluminense.
As exportações de óleos brutos de petróleo no estado do Rio de Janeiro totalizaram US$ 4,1 bilhões no primeiro bimestre de 2025. A retração no período pode ser explicada pela redução de 62% nas exportações destinadas à China (US$ 1,2 bilhão), principal parceiro comercial fluminense. Em contrapartida, os embarques para os Países Baixos apresentaram crescimento de 79%, alcançando US$ 383 milhões.
No que se refere às importações de petróleo, o volume somado no período foi de US$ 370 milhões, indicando uma queda de 25% em relação ao mesmo período de 2024. As compras originárias da Arábia Saudita, principal fornecedora do insumo (US$ 294 milhões; 79% do total importado), apresentaram retração de 11%.
As exportações fluminenses, desconsiderando petróleo, registraram crescimento de 18% no acumulado de janeiro e fevereiro, totalizando US$ 1,6 bilhão. O destaque ficou para os embarques de produtos laminados planos de ferro ou aço, com aumento de 516%, somando US$ 157 milhões, principalmente destinados aos EUA.
O mercado estadunidense manteve-se como o principal destino das exportações fluminenses sem petróleo, com participação de 50% e movimentação de US$ 795 milhões. Em contrapartida, observou-se queda de 67% nas exportações para Singapura (US$ 85 milhões), em decorrência da redução de 61% nas vendas de óleos combustíveis (US$ 57,3 milhões).
As importações fluminenses, excluindo petróleo, apresentaram aumento de 18% no acumulado de 2025, totalizando US$ 4,2 bilhões. As aquisições provenientes de países do Mercosul cresceram 16%, alcançando US$ 256 milhões. Destacam-se as importações de energia elétrica oriunda do Paraguai (US$ 157 milhões; alta de 4%), cátodos de cobre do Chile (US$ 105 milhões; avanço de 66%) e veículos de carga da Argentina (US$ 49,2 milhões; crescimento de 40%).
As importações do estado também apresentaram expansão junto aos dez principais parceiros comerciais dessa categoria, com destaque para o Reino Unido, cujas aquisições somaram US$ 182 milhões — um avanço de 75%, impulsionado pelos desembarques de gás natural liquefeito e tubos
flexíveis de ferro ou aço.
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