Liderenças internacionais presentes no seminário promovido pela ABCE, na sede da FirjanFoto: Vinicius Magalhães
Reunindo 40 mil empresas com cerca de um milhão de profissionais em mais de 100 países, a Federação Internacional de Consultores de Engenharia (Fidic, sigla em francês), criada em 1910 na Europa, busca responder aos desafios da atualidade, divulgando os esforços mundiais para a descarbonização do planeta no momento de transição energética. A urgência de ações imediatas em prol da sustentabilidade foi enfatizada por participantes do seminário internacional promovido pela Associação Brasileira de Consultores de Engenharia (ABCE), na sede da Firjan, em 22/3, entre eles, Luis Villarroya, vice-presidente e membro do Conselho de Administração da Fidic, que destacou a necessidade de ampliar os esforços pela descarbonização.
“Sustentabilidade não é uma moda passageira, não se trata apenas de algo interessante para os negócios. São várias frentes envolvidas, desde a produção da energia à mudança de combustíveis para o transporte de pessoas e de produtos. A engenharia consultiva é essencial para melhorar a eficiência energética”, afirmou Villarroya, em exposição do seminário.
Na abertura do evento, Mauro Viegas, presidente do Conselho Empresarial de Infraestrutura da Firjan e um dos fundadores da ABCE, destacou a necessidade de uma visão ampla e imediata em relação às soluções para a energia renovável, à luz do programa Nova Indústria Brasil, lançado pelo governo federal. “Entre as missões do programa estão o avanço no tema da bioeconomia, descarbonização e transição e segurança energéticas”, disse.
Para Reyes Juárez del Angel, ex-presidente da Federação de Consultores de Engenharia do México, os países da América Latina precisam fortalecer a troca de experiências sobre suas iniciativas em energia renovável. “O México acompanha com interesse a política brasileira para reduzir a dependência de energia de carbono, enquanto buscamos incentivar o crescimento de captação energética solar e eólica, e investimos em biocombustíveis”, comentou Juárez.
Já Ivan Rayo Villanueva, presidente da Associação de Consultores em Engenharia do Chile, apresentou o programa de energia limpa de seu país, que pretende fechar todas as usinas de carvão até 2040 e tem a meta de se transformar em um dos principais exportadores mundiais de hidrogênio verde. “Até o fim da década, estaremos produzindo o hidrogênio verde mais barato do planeta. Numa primeira fase, vamos usar como combustível de nossas indústrias-chave, para depois iniciar a exportação”, contou.
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