Inovação e tecnologia são fundamentais para o desenvolvimento e aumento da produtividade na Indústria da construção. Neste contexto é importante reforçar a necessidade de digitalização do setor. Esclarecer o que há de mais atual no mercado e na capacitação profissional foi um dos objetivos da Firjan, com o Sebrae, ao promover o Seminário BIM na Construção Civil: Oportunidades para secretarias, micro e pequenas empresas, que reuniu engenheiros, arquitetos e especialistas na Firjan SENAI Tijuca, na quinta-feira, 11/4.
 
“A construção civil desempenha um papel fundamental na economia brasileira, fluminense e carioca, gerando empregos e renda. Para se destacar nesse setor em constante evolução, os profissionais precisam não apenas dominar os conhecimentos técnicos, mas também desenvolver competências alinhadas com a Indústria 4.0 e o seminário proporciona essa experiência aos participantes”, explica Marcelo Kaiuca, vice-presidente da Firjan e presidente do Fórum Setorial de Construção Civil da federação.
 
Iniciativa do programa Rio Construção, realizado em parceria com o Sebrae-RJ por meio do programa Firjan da Pequena Empresa (Firjan_PEQ), o seminário foi elaborado com a contribuição de empresários e sindicatos, visando fomentar toda a cadeia produtiva do setor. BIM, sigla para Building Information Modelling, ou Modelagem de Informação da Construção, em português, é a base da transformação digital no setor de arquitetura, engenharia, construção e operação (AECO). A resistência a inovações tecnológicas, como o BIM, tem caído desde a pandemia, disse Cristiane Magalhães, especialista técnica da Firjan SENAI, que concebeu o conteúdo do seminário.
 
“O período de trabalho remoto e virtual confirmou a utilidade desses avanços como o BIM, que integra pessoas, processos e tecnologia, oferecendo não apenas velocidade, mas confiabilidade. As demandas legais estimulam a digitalização em processos licitatórios, tornando essencial que as empresas deste setor complexo e fragmentado estejam preparadas para implementar soluções eficientes, visando otimizar recursos e acompanhar as tendências”, explicou Cristiane Magalhães.

Fizeram apresentações no seminário, Ana Paula Masiero, do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-RJ e Mútua), e Eduardo Riberio, do Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU-RJ), que falaram sobre a necessidade de profissionais dominarem novas tecnologias. Enquanto Mônica Salgado, professora da Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal do Rio de Janeiro (FAU-UFRJ) abordou a atualização de currículos de graduação e pós-graduação incluindo ações como as células BIM, e Guilherme Borges, coordenador de Estratégia e Implementação da Concremat Engenharia, tratou da importância dos diferentes usos BIM no setor.
 
O Seminário analisou também a visão do poder público sobre a adoção do BIM, com participação de Letícia Borges, da Secretaria Estadual de Infraestrutura e Obras Públicas (SEIOP) e Raissa Almeida, mestranda do PROARQ UFRJ, que está estudando os impactos da nova lei de licitações 14.133/2021. Também foram apresentados casos práticos de utilização de adoção do BIM por pequenas e microempresas, representados pelos consultores Carlos Dias e Márcia Doring, reconhecidos no setor, e também, as ações ofertadas pelo Centro de Referência, contidas no programa Rio Construção BIM.