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Presidente da Eletrobras destaca que privatização vai melhorar eficiência das empresas de energia

Wilson Ferreira Júnior detalhou perspectivas de privatização da empresa no Conselho de Energia Elétrica da FIRJAN

Wilson Ferreira Júnior detalhou perspectivas de privatização da empresa no Conselho de Energia Elétrica da FIRJANFoto: Vinícius Magalhães

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Publicado em 02/10/2017 11:54  -  Atualizado em  02/10/2017 17:22

O presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Júnior, apresentou ao Conselho Empresarial de Energia Elétrica do Sistema FIRJAN o processo de privatização da holding, que controla 16 companhias e 178  Sociedades de Propósito Específico (SPEs). Para ele, a decisão garantirá melhor desempenho operacional e mais eficiência na gestão das empresas de geração e transmissão de energia. 

“Recebemos estudos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que é o gestor do Fundo Nacional de Desestatização (FND), sobre o modelo de privatização das nossas distribuidoras subsidiárias. Porém, eles ainda precisarão ser analisados e aprovados pelo Conselho do Programa de Parceria de Investimentos (CPPI)”, explicou Ferreira Júnior. Segundo ele, o BNDES entregará formalmente a proposta de modelagem ao Ministério de Minas e Energia (MME) nesta quinta-feira (28).

Foram incluídas no estudo a Companhia Energética do Piauí (Cepisa), Boa Vista Energia S.A., a Companhia de Eletricidade do Acre (Eletroacre), a Companhia Energética de Alagoas (Ceal), as Centrais Elétricas de Rondônia S.A. (CERON) e a Amazonas Distribuidora de Energia S.A.

Além disso, o presidente também comunicou que a estatal pretende começar a vender 77 fatias em SPEs em outubro. “Se formos bem-sucedidos, podemos fechar 2017 com índice de dívida líquida sobre o Ebitda (em inglês significa lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) em 3,3 vezes, o que é bem positivo”, afirmou. As duas iniciativas fazem parte do plano de reestruturação da empresa.

Marcos Marques, presidente do Instituto Nacional de Eficiência Energética (INEE), pontuou que a Eletrobras está no caminho certo, pois só conseguirá ter sucesso novamente através desse processo de privatização. “Estamos chegando ao fim de um ciclo inevitável”, ressaltou.

Quando o governo anunciou que a Eletrobras seria privatizada, o Sistema FIRJAN emitiu uma nota considerando uma decisão corajosa. Para a Federação, a redução da presença do Estado no setor elétrico e os ganhos de eficiência com a gestão privada oferecem a perspectiva de redução de tarifas, beneficiando consumidores e representando fator de estímulo para a retomada de investimentos de outros setores. 

Sergio Malta, presidente do Conselho, destacou a importância de conhecer as iniciativas e posicionamento da Eletrobras sobre o assunto: “Continuaremos acompanhando para contribuir da melhor forma no tema”.

Crise e reestruturação

Maior empresa de energia elétrica da América Latina e maior empregador do setor elétrico brasileiro, a Eletrobras entrou em crise, segundo Ferreira Junior, com a publicação da Medida Provisória nº 579/2012 e da Lei nº 12.783/2013, que, respectivamente, conferiram ao poder concedente a faculdade de reduzir as tarifas de energia elétrica a partir da renovação das concessões de geração e transmissão e definiram os critérios e condições para a prorrogação das concessões de geração hidrelétrica.

“A partir daí, nossa receita operacional líquida caiu 20% entre 2012 e 2015, gerando prejuízo de R$ 31 bilhões. Em apenas cinco anos, perdemos 45% do patrimônio líquido da empresa”, avaliou. Entre os problemas identificados, ele destaca a má governança, ineficiência operacional e problemas de alavancagem.

Para se reestruturar, construíram o Plano Desafio 21, com diagnóstico e diretrizes para a holding. Entre as iniciativas, está a ligação da auditoria e ouvidoria ao Conselho Administrativo, implantação de um modelo de compliance, a implementação de ações para conquistar listagens em índices e obtenção de selos de governança corporativa, a redução de investimentos e uma reestruturação societária.

“Cortamos, em 2016, 31% das nossas posições gerenciais e quase 50% das funções gratificantes, o que gerou economia de R$ 70 milhões por ano. Nosso plano tem alcançado sucesso considerável”, informou o presidente.  

Novo marco regulatório

Para Ferreira Júnior, a descotização, proposta pelo MME no novo marco regulatório para o setor elétrico, é positiva, pois o consumidor não deve pagar pelo risco hidrológico. “No geral, a possibilidade de privatização para empresas em crise é uma alternativa viável”, resumiu.

O Conselho Empresarial de Energia Elétrica aconteceu em 27 de setembro, na sede da Federação. 

 
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