A Firjan participou, em 15/01, de audiência pública promovida pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), realizada no Rio, para debater a proposta da nova concessão da Rodovia Presidente Dutra (BR-116). A federação apoia o processo de renovação da concessão, conforme priorizado no Mapa do Desenvolvimento 2016-2025, e tem contribuído para os ajustes necessários ao projeto, através de seu Conselho Empresarial de Infraestrutura e suas Representações Regionais.

Segundo Mauro Viegas, presidente do Conselho de Infraestrutura, ainda não há consenso sobre o modelo da nova concessão. “Há muitas dificuldades, reclamações e estratégias a serem debatidas. A Firjan continuará a participar desse processo, fazendo suas sugestões de melhoria”, afirma.

O modelo apresentado pela ANTT prevê a divisão do atual trecho concedido. Um mesmo contrato englobaria o percurso da Dutra, entre Seropédica e São Paulo; e também da BR-101, entre Itaguaí e Ubatuba. A proposta em estudo cria uma nova praça de pedágio na Dutra em território fluminense, em Barra Mansa, e transfere para território paulista a praça hoje localizada em Itatiaia. Já na BR-101, novas quatro praças serão construídas, sendo três localizadas no estado do Rio, em Itaguaí, Angra dos Reis e Paraty.

Marcelo Kaiuca, vice-presidente da Firjan Nova Iguaçu e Região, ressalta a necessidade de antecipação dos investimentos para nova pista da Serra das Araras, prevista para ter início apenas em 2024. “Essa obra está prometida há 25 anos. Não há condições de esperarmos mais três para que ela se realize”, argumenta. A atual concessão da Dutra termina em fevereiro de 2021.

O atual trecho da Dutra na Baixada Fluminense será contemplado em outra concessão, que englobará também o Arco Metropolitano e o trecho da BR-116 atualmente concedido à CRT, Rio-Teresópolis. Esta proposta de concessão, entretanto, continua em estudo, com audiência prevista para o segundo trimestre.

“A concessão da Dutra não iria mais do Rio a São Paulo. Teríamos duas independentes para um mesmo trecho, o que poderá acarretar em aumento de custos”, preocupa-se Antônio Carlos Vilela, presidente da Firjan Sul Fluminense.