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Firjan / Competitividade

Firjan discute caminhos para a logística reversa de eletroeletrônicos

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Publicado em 08/11/2019 13:39  -  Atualizado em  08/11/2019 14:29

Em parceria com a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) e a Fecomércio RJ, a Firjan promoveu, em 06/11, o seminário “Logística Reversa de Eletroeletrônicos”, o primeiro evento público para debater o Acordo Setorial Nacional de Logística Reversa de Produtos Eletroeletrônicos, assinado em 31/10. A mobilização foi para discutir e tirar dúvidas do setor empresarial, cooperativas e órgãos públicos sobre os compromissos firmados e como integrar os setores público e privado, além do consumidor final, para que as metas sejam alcançadas. A logística reversa de eletroeletrônicos é uma obrigação trazida pela Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), de 2010, e o Acordo Setorial determina responsabilidades dos fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes e consumidores, a respeito da destinação final de equipamentos de uso doméstico.

Carolina Zoccoli, especialista em Meio Ambiente da Firjan, mediou o encontro e fez palestra sobre as consequências da assinatura do Acordo para o uso e descarte, tanto de equipamentos eletroeletrônicos domésticos como dos corporativos, e as implicações para contratos de compra e venda e gestão de resíduos das empresas. Segundo ela, os próximos 12 meses serão fundamentais para se preparar e entender a determinação, assim como reunir dados que vão fundamentar novas políticas públicas. “Este primeiro ano será ideal para examinarmos e para que sejam entendidas as implicações para o setor industrial. Todas as partes, incluindo o governo do estado, estão engajadas para fazer com que a logística reversa seja viável técnica e economicamente no Rio de Janeiro”, garante a especialista.

Henrique Mendes, gerente de Sustentabilidade da Abinee, apresentou a organização Green Eletron como solução do setor para coleta e destinação correta dos eletroeletrônicos. Ele ressaltou que 2020 tem que ser dedicado a ajustes e a maior adesão possível das empresas, pois a tarefa é árdua, inclusive comparando o Brasil aos demais países que já têm a prática. “Temos que coletar, em peso, 17% dos produtos colocados no mercado nacional dentro de cinco anos. Será necessário criar 5 mil pontos para recolher material em 400 municípios do país e ficar atento, pois só valerá para aparelhos de uso doméstico de pessoas físicas ou de médias e pequenas empresas. É uma meta desafiadora se analisarmos que a taxa média em outras nações com reciclagem é de 20%. Comunicação e educação ambiental serão ferramentas importantes para a conscientização”, detalhou Mendes.

Para Vinicius Crespo, especialista em Meio Ambiente da Fecomércio RJ, um dos desafios é a disponibilização de espaço para instalação dos pontos de entrega voluntária. “Deve-se pensar em como custear os pontos de coleta, pois dispor desse espaço pode ter alto custo para o comerciante”, alertou. Ele também apontou como imprescindíveis as campanhas de sensibilização do consumidor para adesão à logística reversa.

Na esfera pública, Patrícia Saldanha, superintendente de Resíduos Sólidos da Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade (Seas), mostrou abertura do órgão para auxiliar empresários e cooperativas de catadores. “Estamos negociando com os atores envolvidos. A logística reversa é um caminho sem volta. Desde 2019, não exigimos mais o licenciamento dos pontos de entrega voluntários, o que ajuda recicladores e comerciantes e, consequentemente, os industriais. Lançaremos uma plataforma para as cooperativas se cadastrarem e, assim, elas terão boa visibilidade, tudo organizado por categoria do material recebido”, contou.

O evento ainda teve a participação de Luiz Fernandes, diretor da Cooperativa Popular Amigos do Meio Ambiente (Coopama), que falou sobre os desafios para legalização das cooperativas de catadores no estado. Ele também destacou a importância da educação ambiental no processo, inclusive com envolvimento dos mais jovens. “Recebemos visitas de crianças, para compartilharmos a importância da reciclagem, e elas são verdadeiros multiplicadores”, afirmou.

 
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