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Conselho de Infraestrutura da Firjan analisa transtornos causados por temporais na Baixada Fluminense

Paulo Canedo de Magalhães (ao centro), professor da COPPE/UFRJ, em reunião do Conselho de Infraestrutura da Firjan

Paulo Canedo de Magalhães (ao centro), professor da COPPE/UFRJ, em reunião do Conselho de Infraestrutura da FirjanFoto: Vinícius Magalhães

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Publicado em 24/04/2024 11:56  -  Atualizado em  24/04/2024 12:31

Manutenção dos equipamentos para auxiliar o escoamento das águas da chuva, desapropriação de áreas alagadiças e execução do projeto da Transbaixada – rodovia que atravessará municípios da Baixada Fluminense, paralela à Avenida Brasil – são algumas das medidas essenciais para evitar transtornos que, a cada verão, podem se transformar em tragédias na região onde se localiza boa parte do parque industrial fluminense. O permanente risco de inundações na Baixada Fluminense e as soluções para os problemas que ali ocorrem com frequência foram abordados por Paulo Canedo de Magalhães, professor de Recursos Hídricos do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ), em reunião do Conselho Empresarial de Infraestrutura da Firjan, em 12/03.

“A construção da Transbaixada, cujo projeto previa estar pronta em 2012, reduziria os problemas de mobilidade na região em situações como as dessas chuvas intensas”, comentou Mauro Viegas Filho, presidente do Conselho. A Firjan apoia a execução do projeto da rodovia, que, com 27 quilômetros de extensão, seguiria o curso do Rio Sarapuí, passando por Nilópolis, Mesquita, Nova Iguaçu, São João de Meriti e Duque de Caxias, tendo duas pistas e um parque inundável para absorver as águas de chuva.

Segundo Canedo, que é especialista em hidrologia e gestão de bacias e participou do grupo que montou o projeto da rodovia, a Transbaixada solucionará parte do problema de mobilidade. “Mas é preciso que o governo do estado abra a licitação para a obra. O projeto está pronto”, afirmou ele, lembrando que os prejuízos causados por inundações em um município da Baixada se refletem para outras cidades e para todo o estado, além dos riscos à integridade física dos que precisam se locomover naquela região.

Em janeiro, depois de sobrevoar de helicóptero bairros de Nova Iguaçu e Duque de Caxias que permaneciam inundados 12 horas após o fim de um temporal, Paulo Canedo constatou a ineficácia dos equipamentos instalados há anos para evitar alagamentos na Baixada e o avanço da ocupação de terrenos que deveriam servir para o escoamento das águas. “O equipamento está lá, mas não funciona pelo desleixo dos gestores. O temporal que caiu entre 13 e 14/1 demorou 16 horas, interrompendo o sistema viário da BR-040 até a Avenida Brasil, paralisando Nova Iguaçu e Duque de Caxias. Há duas causas principais para o mau funcionamento da infraestrutura instalada: o uso desordenado do solo e a falta de efetividade na manutenção dos equipamentos”, declarou o docente aos conselheiros da Firjan.

Ao sobrevoar a Baixada, seguindo o Rio Iguaçu e seus afluentes, Sarapuí e Botas, Canedo estranhou a dificuldade de escoamento, o que exigiria drenagens urgentes. “Toda a região só tem uma saída: tudo deságua na Baía de Guanabara. A limpeza de um trecho curtíssimo do Rio Iguaçu, apenas duas centenas de metros, é urgente e prioritária. Mas é uma obra difícil porque tem um problema geotécnico não trivial e fica ao lado de uma construção importantíssima, que é a Reduc”, analisou Canedo, que, no sobrevoo, observou o uso da Cidade dos Meninos como depósito de lixo, embora a área, situada em Caxias, esteja interditada há cerca de 40 anos, devido à contaminação do solo com o pesticida conhecido como pó-de-broca.

Mauro Viegas destacou a necessidade de mobilizar as autoridades do governo não apenas quanto ao funcionamento precário dos equipamentos que deveriam evitar as inundações, mas também para a denúncia de invasão da Cidade dos Meninos, já que o pesticida é altamente letal.

Paulo Canedo de Magalhães alertou também para o aumento de ocupação de áreas que deveriam ter sido mantidas sem moradias, próximas aos diques localizados em Duque de Caxias. “Para resolver os alagamentos, teria que haver a desapropriação de todas essas casas construídas a partir de 2010 ou instalar bombas, cujo funcionamento depende de uma série de quesitos nunca cumpridos pelos administradores locais. Não haverá obra que acerte a situação de alagamentos na Baixada Fluminense sem regulação do uso do solo nessas áreas mais frágeis, mais sacrificadas, mais espremidas. Sem isso, temo que a Baixada possa virar uma grande poça”, disse.

 
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