A Firjan considera que a Selic não pode ser o único instrumento para contornar o quadro generalizado de aumento de preços que assola a economia brasileira. A pandemia da Covid-19 e posteriormente a guerra na Ucrânia evidenciaram problemas estruturais no mundo todo. O setor produtivo brasileiro ainda convive com os efeitos da alta dos custos de produção e a população sofre com a deterioração da renda.
A continuidade do ciclo de alta da taxa de juros, ainda que em menor magnitude, é duplamente indesejável. Primeiro, porque sacrifica ainda mais a atividade econômica, que já dá claros sinais de fraqueza. Segundo, porque adiciona um fator de alerta no âmbito fiscal ao elevar o custo do endividamento do setor público.
A Firjan destaca que é urgente que se busque por outras medidas que possam levar à queda persistente da inflação e à retomada sustentável do crescimento. É preciso manter a responsabilidade fiscal e preservar o atendimento básico das necessidades da população. A federação reafirma que, diante de um cenário de elevada incerteza, é imprescindível uma política monetária mais moderada e que atenda aos desafios de crescimento econômico do país.