Quando uma pessoa está inteiramente focada no “seu momento”, a performance física e mental cresce dramaticamente. Esse é um dos benefícios do chamado flow (fluxo), de acordo com Cadu Lemos, autor, pesquisador e fundador do Projeto Flow. Ele foi um dos participantes dos debates do Aquário Casa Firjan de 25/08.
Com o tema “Flow: como desenvolver e implementar habilidades para alta performance”, o evento, mediado por Iuri Campos, líder do Aquário Casa Firjan, destacou a importância de competências humanas, como resiliência, disciplina, foco, concentração e inteligência emocional, na busca do bem-estar, uma preocupação cada vez maior nas empresas.
Pensando nos altos níveis de estresse, ansiedade e burnout no mundo corporativo, o flow surge como um tema “relevante, atual e necessário, no momento em que estamos vivendo”, na opinião de Luis Vabo Jr, CEO da Além da Facul, professor da Link SB e do Insper e empreendedor Endeavor.
“Já está muito claro que o mito do multitarefa, que faz quatro coisas ao mesmo tempo e, por isso, é muito produtivo, já não é o caso. Na minha visão, a pessoa que consegue trazer o flow para sua vida vai estar mais próxima da alta performance e, consequentemente, mais perto do sucesso e da felicidade”, diz Vabo.
Dicas para chegar ao flow
O professor dá dicas para se chegar a esse estado de consciência. Para ele, a meditação é a principal ferramenta para alcançar o flow, gerenciar melhor o estado emocional e ter boa saúde mental. No que se refere à liderança, a habilidade número 1 é saber ouvir, ou seja, estabelecer uma conexão com o time. A segunda é liderar pelo exemplo e, a terceira, é promover segurança psicológica, cumprindo o que promete e criando um ambiente de construção positiva na equipe. “Já a número zero é a integridade”, afirma ele.
A disciplina é a principal dica de Cadu Lemos, que orienta cada um a criar seus próprios rituais, que levem o flow a acontecer com frequência, já que o benefício é cumulativo, e não sentido na hora. Ele também ressalta a importância da meditação nessa busca.
“Quem faz meditação não tem como meta ficar zen, se iluminar. Mas sim aquietar a mente; e poder estar inteiro aqui e agora, para não reagir, para poder escolher uma atitude”, explica ele, destacando, porém, que o benefício não dura se não houver um tempo para recuperação. Por isso, de acordo com o pesquisador, é necessário fazer pausas ao longo do dia e não trabalhar mais de uma hora e meia seguida. “O processo é se desligar”.
Clique aqui para assistir a íntegra desta edição do evento na plataforma de conteúdo da Casa Firjan.