Com o tema “Mapeamento de ações individuais e cenários futuros para a promoção da economia circular”, foi realizado, em 16/5, um workshop virtual de aceleração sobre ações para mudança de cultura organizacional, utilizando a análise de cenários. O evento marcou a participação da Firjan no World Circular Economy Forum (WCEF), que aconteceu pela primeira vez no Brasil.
Uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e do Centro de Pesquisa em Economia Circular da Universidade de São Paulo (USP), produzida em 2024 junto à base industrial, revelou que 85% das indústrias no Brasil desenvolvem pelo menos uma prática de economia circular. A transição da economia linear para a circular visa combater as mudanças climáticas, retardar o esgotamento de recursos naturais e a perda de biodiversidade, oferecendo oportunidades significativas de crescimento.
“Trouxemos alguns insights para trabalhar neste workshop de mudança de cultura organizacional. Mudança de comportamento, de paradigma, de pensamento. Nossa ideia é inspirar para que as empresas consigam multiplicar a palavra da circularidade”, explicou Carolina Zoccoli, especialista em Sustentabilidade da Firjan, que mediou o workshop junto com Marco Aurelio Veiga Martins, especialista em Conteúdo e Inovação Empresarial da Firjan IEL e Renata Rocha, analista de Sustentabilidade da Firjan.
Ao optar por um modelo que incentiva a conservação do valor dos recursos pelo maior tempo possível, abre-se caminho para a redução da dependência gradual de insumos, maior resiliência das cadeias de suprimentos e ganhos de competividade. “A ideia é falar de inovação ou de uma cultura voltada para o intraempreendedorismo ou até mesmo sobre a questão da sustentabilidade dentro da empresa. Não a sustentabilidade em si, mas como trabalhar a sustentabilidade e de fato implantar iniciativas voltadas para esse tema”, destacou Martins.
O workshop virtual teve 85% de atividades práticas. Dentro da temática de circularidade ou de economia circular, os participantes foram divididos em grupos para debates simulando um ambiente externo e em seguida o ingresso no ambiente interno de uma organização.
Foi realizada uma leitura das iniciativas circulares que podem ser adotadas pelas organizações e que impactam a sociedade, o meio ambiente e a economia, tanto para um cenário futuro utópico (desejável, em 2035), como para um cenário futuro distópico (não desejável, mas que precisa ser evitado, em 2035).
Além disso, foi proposta uma reflexão e uma criação de estratégias para alinhar a cultura organizacional aos cenários futuros descritos anteriormente. A partir das cartas disponibilizadas (valores, práticas e indicadores), foram definidos pelos grupos quais valores e práticas seriam essenciais em um cenário utópico ou que poderiam evitar o colapso em um cenário distópico.
