A presidente da Firjan Centro-Norte Fluminense, Márcia Carestiato Sancho, voltou a defender projetos e ações que contribuam para o desenvolvimento da economia das cidades do interior fluminense, durante o Fórum de Integração das Cidades Serranas, realizado em Macuco em 28/9. Ao lado de empresários, prefeitos de dez cidades da região e de secretários de Estado, entre eles o de Desenvolvimento Econômico, Vinicius Farah, a empresária destacou a necessidade de investimentos em infraestrutura e pediu a revisão de incentivos fiscais que permitam que as empresas do Rio disputem em igualdade com outros estados.
Os pleitos apresentados seguem a mesma linha já defendida com outros representantes do executivo e legislativo. Todas as demandas estão alinhadas ao Mapa do Desenvolvimento do Estado do Rio de Janeiro 2016-2025, agenda estratégica construída pelos empresários da Firjan com soluções para os entraves ao desenvolvimento econômico e social das regiões fluminenses. São obras de melhoria nas rodovias estaduais de acesso à região que facilitem o escoamento da produção e reduzam custos com frete; a construção da estrada do contorno, retirando caminhões que hoje passam dentro da área urbana de Nova Friburgo; a desburocratização e agilidade dos órgãos na emissão de licenças para instalação de novos empreendimentos e; inclusão de Nova Friburgo no corredor logístico dos Correios.
“Estamos atuando em muitas frentes levando a mensagem da Firjan e das indústrias para o resgate do setor produtivo da região. É necessário que o interior do Rio volte a ter papel importante na economia do estado, afinal é onde estão as pessoas. Então, é preciso trazer o emprego e a renda para cá, incentivar para que essas cidades cresçam, avancem em qualidade de vida e prosperem e evitem o êxodo de talentos e empregos”, garantiu Márcia Carestiato.
O Centro-Norte Fluminense, que reúne 12 municípios, sendo 10 com menos de 50 mil habitantes, conta com mais 10 mil empresas instaladas, sendo quase 2 mil indústrias. Ao todo são aproximadamente 25 mil empregos diretos e contribuição de R$ 300 milhões em tributos para o estado e municípios.
Silvio Marini, conselheiro da Firjan e presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do Estado do Rio de Janeiro (Sindlat), pediu atenção ao agronegócio fluminense. “Nosso estado tem grande potencial agrícola, mas importa 80% do leite que consome, o que demonstra a enorme demanda local. Muitas empresas se instalam no Rio de Janeiro em busca do consumidor e não da produção. É preciso recuperar o interior, o homem do campo, gerar riquezas e estimular o potencial da região, que possui clima excelente, água em abundância e terras ociosas para produzir”, ressaltou Marini.