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Qualidade de Vida / Firjan

É possível trabalhar com esclerose múltipla, diz pesquisa do Centro de Inovação da Firjan SESI

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Publicado em 29/08/2019 18:00  -  Atualizado em  04/09/2019 17:00

Você sabe o que é esclerose múltipla? Conhece os impactos que ela pode ter no ambiente de trabalho? Em 22/08, a Firjan divulgou pesquisa inédita sobre o tema, elaborada pelo Centro de Inovação SESI em Higiene Ocupacional (CIS-HO), em parceria com o laboratório Roche Farma do Brasil, durante evento na Casa Firjan.
 
Conforme o estudo completo "Esclerose Múltipla: Dimensionando o Impacto no Ambiente Ocupacional", que utilizou informações contidas em artigos científicos e bases públicas, 35 mil brasileiros sofrem de esclerose múltipla (EM). Desse montante, 40% encontram-se fora do mercado de trabalho. Uma doença neurodegenerativa e considerada rara, a EM acomete predominantemente pessoas em idade produtiva. A idade média de aposentadoria por invalidez é de 30 anos e o tempo médio anual de afastamento por auxílio doença é de 128 dias.
 
“São pessoas que estão em plena ascensão na carreira e que sentem um impacto significativo em sua rotina laboral diante do diagnóstico”, destacou Leon Nascimento, pesquisador do CIS-HO, que fez a apresentação do sumário
 
 
No período avaliado pela pesquisa – entre 2014 e 2018 –, foram registrados 7.300 benefícios securitários concedidos. A faixa de idade entre os 20 e 45 anos contém 78% desses auxílios e estima-se que, em 2020, o custo público com aposentadorias e afastamentos por conta da EM será de R$ 411 milhões.
 
O estudo aponta que o principal fator que auxilia as pessoas a manterem seus empregos é a capacidade de estabilização da doença. Também revela que pequenas adaptações no ambiente de trabalho podem manter essas pessoas produtivas. “Nosso intuito foi apontar caminhos para melhorar a qualidade de vida e a produtividade das pessoas com EM, por meio de uma abordagem inovadora. É possível seguir ativo, fazendo as adaptações arquitetônicas necessárias e permitindo maior flexibilidade na carga horária laboral, por exemplo”, ressaltou Antônio Fidalgo, pesquisador chefe do CIS-HO.
 
Adriana Hilu, perita médica federal, explicou que é papel do perito avaliar a capacidade de adaptação dos portadores de EM, pois que nem todos são incapazes. Daí a importância fundamental da reabilitação profissional, serviço prestado pelo INSS com o objetivo de reinserir a pessoa no mercado de trabalho. “Assim que avaliamos a capacidade da pessoa, enviamos ofício às empresas. Infelizmente, muitas não respondem”, assinalou.
 
Solidariedade e apoio
 
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Vice-presidente da Associação Amigos Múltiplos pela Esclerose, Bruna Rocha falou sobre a visão da pessoa com esclerose múltipla
 
Bruna Rocha, vice-presidente da associação Amigos Múltiplos pela Esclerose (AME), frisa que as empresas não devem temer os gastos. “Quando você adapta o ambiente para uma pessoa com EM, trata-se de um investimento, pois todos também vão se movimentar melhor dentro da empresa. A pessoa estará assistida devidamente. Outra possibilidade é trabalhar de casa, o que hoje é uma realidade com as novas tecnologias”, disse. Bruna acrescenta que ainda existe muita discriminação e desconhecimento acerca das limitações da EM. Com isso, o apoio dos colegas é fundamental para se manter ativo.
 
Para Márcio Fortes, diretor de Relações Institucionais da Firjan, a solidariedade é a ferramenta mais importante contra os efeitos da EM. “É preciso encontrar meios para que a pessoa não se sinta marginalizada e tenha condições de continuar produzindo. Temos que dar atenção aos trabalhadores e não somente às empresas, pois são eles que fazem com que nossas indústrias cresçam”, reforçou.
 
“Como empresa focada em inovação, a Roche acredita na pesquisa e em todas suas vertentes científicas para elevar o grau de conhecimento da população. Ao apoiar a Firjan na produção desse estudo, comprovamos que investir em dados esclarecedores é investir em qualidade de vida para os brasileiros”, afirmou Eduardo Calderari, diretor de Acesso ao Mercado, Operações Comerciais e Relações Governamentais da Roche Farma Brasil.
 
Débora Erthal, gerente de Saúde e Segurança do Trabalho da Firjan SESI, salientou a abordagem inovadora da federação. “A Firjan vê na inovação soluções para o futuro do trabalho, procurando pensar no que podemos fazer para aumentar a produtividade das pessoas com EM”.
 
Para acessar o estudo completo "Esclerose Múltipla: Dimensionando o Impacto no Ambiente Ocupacional" clique aqui 
 
Para acessar a apresentação sumário feito pelo pesquisador Leon Nascionamento na Casa Firjan clique aqui
 
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