
Da esq. para dir.: Bianor Scelza Cavalcanti (FGV), Almirante de Esquadra Alexandre Rabello de Faria (Marinha) e Luiz Césio Caetano (Firjan)Foto: Marcelo Martins/Firjan
A Firjan participou do seminário "A Tripla Hélice como condutora de soluções inovadoras para enfrentamento de desastres naturais", organizado pela Marinha do Brasil, com apoio da Fundação Getulio Vargas (FGV), em 12/11. No auditório lotado do Centro Cultural da Fundação, em Botafogo, representantes do governo, empresas e universidades discutiram possíveis parcerias estratégicas e estímulo à inovação em soluções e respostas a catástrofes. O presidente da Firjan, Luiz Césio Caetano, apresentou ações que unem empresas, governos e academia, no modelo da Tripla Hélice.
Caetano enfatizou o papel da Firjan não apenas como articuladora, mas também como integradora de soluções inovadoras e lembrou o período da epidemia da Covid-19 e o lançamento do Nova Indústria Brasil pelo governo federal, que contemplou 60% das proposições da Agenda "Propostas Firjan para um Brasil 4.0".
“A atuação da Firjan como integradora no modelo de Tripla Hélice passa, por exemplo, por nossos Institutos SENAI de Inovação e de Tecnologia, impulsionando a modernização da indústria. Quanto ao enfrentamento de desastres naturais, o desenvolvimento de soluções tecnológicas oferece o recurso de análises preditivas. Não há, claro, como se estimar com total precisão os impactos de desastres naturais. Mas com a tecnologia, podemos estar muito mais preparados, ainda mais com o uso da inteligência artificial”, explicou Caetano.
No painel "A Tripla Hélice como condutora de soluções inovadoras brasileiras", Eric Cardona Romani, coordenador de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação na Firjan SENAI, mostrou a atuação da federação na Tripla Hélice. Através dos seus Institutos SENAI de Tecnologia e Inovação, a instituição apoia desde o pequeno negócio e startups até grandes indústrias, no desenvolvimento de novos produtos e melhorias de processos nos ambientes industriais.
“Precisamos ter uma visão de antecipação e prospectiva para ter acesso às tecnologias para transferência tecnológica necessária. E uma maneira de fazer isso é tendo o apoio do governo em relação as fontes de financiamento. Uma conexão dos recursos da Finep e do BNDES com iniciativas que a Defesa e a Marinha têm trazido para melhorar a nossa mitigação dos desastres naturais é fundamental”, pontuou.
No painel foi comentado também a importância das cadeias produtivas, em especial aquelas associadas a tecnologias que possam apoiar na mitigação dos desastres naturais e que estão sendo contempladas na NIB (Nova Indústria Brasil) através de suas missões.
Participaram do seminário representantes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), da Embraer e da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio).