O fortalecimento da rede de coleta, a destinação e a recuperação de resíduos sólidos pós-consumo e o adequado incentivo às empresas atuantes no mercado de gestão de resíduos foram um dos temas defendidos pela Firjan no 1º Congresso Internacional de Resíduos Sólidos, realizado em Búzios, nesta semana.

Ao lado do vice-governador Thiago Pampolha, de autoridades locais e estaduais, convidados internacionais, pesquisadores e representantes do terceiro setor, Ricardo Guadagnin, presidente da Firjan Leste Fluminense, defendeu uma rede de infraestrutura e de negócios que viabilize a triagem e o beneficiamento dos resíduos, sejam eles de origem urbana ou do setor empresarial. “A Firjan entende que o fortalecimento do Rio de Janeiro como estado reciclador depende de políticas públicas que acolham a ressignificação dos resíduos e viabilizar a circulação e o aproveitamento econômico dos materiais secundários, de forma competitiva”, analisou o empresário.

Durante o Congresso, a federação lançou oficialmente a edição 2023 do Mapeamento dos Fluxos de Recicláveis Pós-Consumo no Estado do Rio de Janeiro, com dados públicos referentes ao ano de 2021. O estudo mostra que o estado aterra milhões de toneladas de resíduos recicláveis que poderiam gerar bilhões de reais à economia do estado, gerando emprego e renda. Dos 7,5 milhões de toneladas de resíduos sólidos pós-consumo gerados no estado, 2 milhões de toneladas que são dispostas em aterro poderiam estar sendo recicladas. Este volume representa R$ 2 bilhões em materiais, que poderiam gerar R$ 9 bilhões em renda e mais de 30 mil novos empregos diretos e indiretos na indústria da reciclagem.