
Ao microfone, Paulo Roberto Furio, gerente de Pesquisa e Desenvolvimento da Firjan SENAI SESIFoto: Pedro Kirilos/Firjan
Conectar soluções inovadoras de oito empresas internacionais, com foco em descarbonização, com nove Institutos SENAI, que têm a mesma missão, foi o objetivo do Workshop de Negócios Invest in Brasil Net-Zero Solutions. O evento, promovido pela ApexBrasil, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e o SENAI Nacional em parceria com a Firjan, foi realizado nessa sexta-feira (31/10), na Casa Firjan. Essa é mais uma ação da Firjan para promover informação qualificada sobre a agenda da COP30.
Ao abrir o evento em continuação ao OCT Brasil 2025, Paulo Roberto Furio, gerente de Pesquisa e Desenvolvimento da Firjan SENAI SESI, disse que o Brasil vive momento diferente e muito propício para investir. “Hoje o país conta com muitos recursos para apoiar os desenvolvimentos de pesquisa e tecnologia para as empresas industriais. Espero que possamos construir parcerias para poder trazer mais competitividade para o Brasil, desenvolver projetos, atender melhor a toda a cadeia de valor da indústria de óleo de gás”, disse Furio.
Portanto, acrescentou, é um momento propício para as empresas virem para o Brasil e contarem com essa rede de apoio para potencializar seus desenvolvimentos. “Essa rede de institutos tem uma condição muito particular de apoiar projetos e empresas para quem vem ao Brasil. Esse é o melhor parceiro que vocês podem ter”, ressaltou o gerente ao informar que a Rede SENAI dispõe de mais de R$ 1 bilhão para apoiar projetos de pesquisa, em razão do credenciamento de seus institutos à Embrapii.
Carlos Padilla, coordenador de Investimentos da ApexBrasil, considerou o evento excelente, após explicar que essa foi a terceira etapa do projeto Net Zero, que visa atrair investimentos internacionais para descarbonizar a indústria brasileira. O programa realizada também em parceria com o Climate Investment, que é um fundo internacional que mapeia soluções para descarbonizar indústria e que a Apex está trazendo para o Brasil.
“O objetivo do evento que apresentou soluções para a descarbonização da indústria é atrair investimento e inovações e ajudar a indústria brasileira a ser mais competitiva. Essa fase visou fazer uma imersão no Rio de Janeiro, uma cidade que está aberta aos negócios, bastante consciente de fazer a transição energética e continuar investindo para garantir a segurança energética”, explicou ao demonstrar que ficou impressionado com as apresentações.
A Apex nesse programa oferece não somente um softlanding, mas um fast track no Brasil, tentando acelerar a entrada das empresas. É um projeto de P&D, mas a Apex não oferece subvenção, mas sim orienta as empresas em como acessar instituições parceiras, para acelerar esse processo de entrada no mercado brasileiro.
Brian Redick, da Climate Investment, elogiou o encontro com as oito empresas de tenologia internacional, lembrando que esses são os primeiros tempos de mudança, que em alguns anos o mundo será totalmente diferente em relação à decarbonização. “Obrigado a todas as empresas que vieram hoje. Elas estão fazendo coisas realmente interessantes em sensores remoto, em software, em transporte, em eficiência energética”.
Gustavo Rosa, especialista da superintendência de relações internacionais da CNI e do Departamento Nacional do SENAI, deixou claro que as empresas podem contar com a CNI, como representante maior da indústria, e o SENAI, como braço de serviços tecnológicos, de inovação e de formação profissional.
“Essas empresas de alta tecnologia oferecem soluções que vão melhorar a competitividade e a performance das nossas empresas e da nossa economia”, frisou.
Para ele, esse evento se encaixa muito bem na estratégia da CNI e do SENAI de apoiar as empresas estrangeiras, internacionais que querem chegar no Brasil, oferecendo toda a gama de serviço, seja de conhecimento da estrutura nacional, seja da oferta de serviços técnicos, e de tecnologia avançados.
O Brasil está num momento único, confirmou Eduardo Carnos Scaletsky, gestor de Inovação e Pesquisa da Financiadora de Estudos e Pesquisas (Finep), e recomendou às empresas que venham para o Brasil desenvolver tecnologia, fazer parcerias com empresas brasileiras porque o país tem recursos para esses projetos.
“Há uma quantidade expressiva de recursos para fazer o financiamento de inovação e desenvolvimento no país”, disse, destacando que a Apex tem sido muito parceira convidando a Finep para participar desses eventos. Dessa forma, a financiadora, que está alinhada com a Nova Indústria Brasil, tem maior oportunidade de cumprir sua missão de financiar projetos de inovação. O gestor ainda adiantou que a Finep deve lançar novos editais durante ou depois da COP30.
Pesquisadores dos departamentos regionais do SENAI do Rio de Janeiro, Santa Catarina, Joinville (SC), Rio Grande do Norte, São Paulo, Pernambuco, Rio Grande do Sul, São Leopoldo (RS) e Minas Gerais apresentaram cases de sucesso em descarbonização e apresentaram a qualidade de suas plantas para as empresas selecionadas que se apresentaram no evento e também mostraram suas expertises. As empresas são: 44.01 (Reino Unido); Andium (United States); Cemvita (Estados Unidos); Fero Labs (Estados Unidos); Insight M (Estados Unidos); METRON (França); SensorUp (Canadá); Svante (Canadá); Xyme (Reino Unido); e Zeitview (Estados Unidos).