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Teste do IST evita que indústria de grãos e farinhas seja multada pela Vigilância Sanitária

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Publicado em 21/07/2021 14:23  -  Atualizado em  21/07/2021 14:27

Estudo feito pelo Laboratório do Instituto Senai de Tecnologia (IST) Química e Meio Ambiente comprovou que os microfuros feitos pela indústria em embalagens de grãos e farinhas protegem os produtos e não interferem em sua qualidade interna. A pesquisa foi contratada por empresas fluminenses que estavam sendo multadas pela Subsecretaria de Vigilância Sanitária Municipal do Rio de Janeiro por entender que os microfuros poderiam expor os produtos à contaminação.

As indústrias Sal Cisne, Granfino e Vitalis tentaram evitar as multas diretamente com o órgão fiscalizador, mas não conseguiram. “Identificamos outros produtos sendo multados da mesma forma que o nosso sal, como a farinha, o fubá e a ervilha. Nos unimos e pedimos apoio ao SENAI para realizar um trabalho técnico, mostrando que os microfuros não caracterizavam violação da embalagem”, contou Luiz Césio Caetano, vice-presidente da Firjan e diretor executivo da Sal Cisne.

Grande parte das indústrias fabricantes de grãos e farinhas se utilizam da prática de microperfurações nas embalagens na hora do empacotamento, inclusive internacionalmente, devido às dificuldades na arrumação na exposição dos mercados. Os microfuros funcionam como uma espécie de válvula, permitindo a saída do ar quando o pacote é pressionado, garantindo maior eficiência no enfardamento, reduzindo a perda de espaço e de alinhamento.

Qualidade do produto mantida

Se as perfurações forem feitas pelos varejistas podem levar a risco do produto. Mas, realizadas de forma controlada pelo fabricante, mantêm a qualidade do alimento. “O Laboratório do IST elaborou um protocolo analítico visando avaliar se a presença de microfuros nas embalagens poderia contribuir para a deterioração do produto. Contaminamos as superfícies dos microfuros com micro-organismos em quantidade alta. E comprovamos que o alimento não é contaminado”, explicou Ana Luiza Monteiro dos Santos, analista de serviços tecnológicos.

O resultado foi bastante positivo. Além de a Subsecretaria de Vigilância Sanitária ter acatado o estudo, decidiram cancelar as infrações já lavradas. “O relatório demonstra bem que a presença dos microfuros não permite a contaminação, nem nas gôndolas dos mercados. Isso mostra como o SENAI está muito bem aparelhado para essa demanda e outras que possam surgir”, elogiou Caetano.

O desfecho bem-sucedido deste caso chamou a atenção de outras empresas e associações. A Associação Brasileira da Indústria de Arroz (Abiarroz) e a Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) procuraram a Firjan em busca de subsídios para enfrentar problemas semelhantes em relação a órgãos de Vigilância Sanitária.  

O teste

Foram analisados os aspectos macroscópicos, microscópicos e microbiológicos dos alimentos embalados com e sem microfuros. Os produtos testados foram milho, fubá, sal refinado, farinha de mandioca e ervilha, abrangendo os principais grupos alimentares que utilizam deste tipo de embalagem. 

A testagem envolveu dois lotes de cada produto, um com e outro sem as microperfurações nas embalagens em um período de 0 a 15 dias, onde a contagem de bactérias foi realizada nos tempos de 0, 5, 7 e 15 dias. De acordo com os resultados obtidos no estudo, todos os alimentos testados estavam de acordo com as legislações vigentes.

Houve uma tendência de aumento na contagem de microrganismos na farinha de mandioca e ervilha embalados sem microperfurações. Já a presença dos microfuros nas embalagens não tornaram o produto mais suscetível à contaminação microbiana, e sim contribuiriam na manutenção das condições adequadas de armazenamento dos produtos.

 
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