Como programas de fomento podem auxiliar startups a desenvolverem suas ideias e avançarem no mercado? Oito startups fluminenses apresentaram o impacto desses programas em suas trajetórias e discutiram os desafios inerentes à comercialização de suas inovações, na Casa Firjan, em 04/09. No evento, a federação assinou um termo de cooperação com a Agência Estadual de Fomento (AgeRio).
Alexandre dos Reis, diretor geral da Firjan SENAI, destacou a importância de estabelecer um ambiente cooperativo de inovação para impulsionar a economia do Rio de Janeiro. “Em 2010, depois da crise na Espanha, 24% da população era de desempregados. Esse número diminuiu para 11% após a instalação de um ambiente de inovação e empreendedorismo. A solução para o Rio também está nas parcerias que impulsionam o desenvolvimento, como essa que estamos firmando com a AgeRio", ressaltou ele.
Para Dara Silva, diretora de Operações da Agência, o termo vem formalizar o trabalho conjunto que já vem sendo desempenhado pelas duas instituições. “Apesar de ser responsável pelo segundo PIB do país, o ambiente de inovação e empreendedorismo que temos ainda é muito incipiente. Encontramos um caminho de união de esforços em prol do desenvolvimento do estado, identificando setores de vocação, e estamos intensificando isso”, afirmou Dara.
O general Waldemar Barroso, presidente da Finep, destacou a qualidade de pessoas capacitadas e criativas que o estado do Rio abriga: “São encontros como esse, nos quais renovamos nossas parcerias e vemos exemplos claros da inovação real, que nos motivam a ter muita esperança de que o Rio de Janeiro vai mudar”.
Casos de sucesso
Uma das inovações apresentadas foi da Displace, que iniciou suas atividades em 2016 e traz soluções tecnológicas em computação visual para a indústria 4.0. A partir da demanda de uma indústria do segmento de bebidas, a empresa criou o Invisus, um sistema de inteligência artificial e computação visual que detecta atos inseguros no chão de fábrica e uso indevido de equipamentos de proteção individual (EPIs). O sistema envia alertas em tempo real para supervisores e gestores, prezando pela segurança do trabalho.
A empresa foi selecionada no Desafio de Startups Petrobras Distribuidora, no âmbito do Edital de Inovação para a Indústria, iniciativa do SENAI, SESI e Sebrae, e recebeu um aporte de R$ 120 mil. “Por meio desse apoio conseguimos não só lançar o produto, mas escalar em grandes players como a Ambev, que está projetando o sistema para todas as suas fábricas. Como nós desenvolvemos a tecnologia, o custo não é muito alto e podemos adaptar para a realidade de cada indústria. Também estamos recebendo suporte da equipe da Firjan SENAI para desenvolvimento técnico-operacional do sistema”, explicou André Soares, CEO da empresa.
Já a Nextale nasceu em 2017 como uma experiência literária digital para as escolas, que apresenta textos com animações, trilhas sonoras e efeitos que proporcionam maior assimilação do conteúdo, além de possuir dados inteligentes e personalizados dos alunos em tempo real. A empresa também foi selecionada no Edital de Inovação para a Indústria, conseguindo um aporte de R$ 317 mil para viabilizar a solução. O objetivo é fechar 2020 atendendo mais de 12 mil alunos e com faturamento acima de R$ 1 milhão.
“O edital foi fundamental para o desenvolvimento da ideia. Outra parte do projeto é desenvolver uma plataforma de automação de produção editorial com a Firjan SENAI. Além da produção dos livros, ela vai gerar empregos para a indústria criativa, para profissionais de tecnologia, ilustração e animação”, ressaltou Priscila Mana, CEO da Nextale.
Ações de fomento
A Firjan acredita na inovação como solução para fomentar a economia e, por isso, apoia as iniciativas tecnicamente por meio dos Institutos SENAI de Tecnologia e de Inovação. Além disso, tem conhecimento sobre as fontes de recurso disponíveis no mercado, visando trazer o maior número de investimentos para as empresas fluminenses. Outra linha de atuação envolve a promoção de debates sobre o tema, aproximando parceiros.
“Inovação por si só tem risco. Quanto maior o envolvimento de agentes parceiros, financiando ou apoiando os projetos, mais elevada é a taxa de sucesso. Com isso, apoiamos diretamente o empreendedorismo e fortalecemos a cadeia de fornecimento da indústria”, destaca Carlos Magno, gerente geral de Negócios da Firjan.
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