
Luiz Césio Caetano (Firjan), Marcelo Kaiuca (Firjan e Induscimento), Renato de Sousa Correia (CBIC) e Claudio Hermolin (CBIC e Sinduscon-Rio)Foto: Vinicius Magalhães
O Rio de Janeiro é o município com a maior geração de novos empregos com carteira assinada do país no setor da construção, contabilizando 10.701 novas vagas. O anúncio foi feito nesta terça-feira, 18/2, no evento “Setor da construção: panorama e perspectivas para 2025”, uma realização da Firjan, com correalização do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Rio de Janeiro (Sinduscon-Rio) e da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e apoio da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (ADEMI Rio).
Duque de Caxias e Niterói tiveram como saldo 1.311 e 1.049 vagas, respectivamente, sendo a segunda e terceira cidade que mais geraram novos empregos no estado do Rio de Janeiro.
O presidente da Firjan, Luiz Césio Caetano, abriu o evento destacando a relevância do setor, que “no ano passado, segundo as projeções da Firjan, cresceu quase 4% em nosso estado, puxado pelo aquecimento do mercado imobiliário e projetos de investimento em obras e infraestrutura, como o Minha Casa, Minha Vida e pelo novo Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC”.
Caetano afirmou que a federação realizou, em 2022, uma ampla escuta junto à base de empresas associadas para identificar os principais desafios e oportunidades para a elevação da produtividade do setor, que teve cerca de 26% de crescimento entre 2021 e 2024 no estado e abriu, no ano passado, quase 12 mil vagas com carteira assinada no Rio de Janeiro, representando 10% do total do Brasil.
Ao falar sobre desafios do setor, ressaltou a escassez de mão de obra, apesar de a Firjan SENAI ter realizado 10.249 matrículas em 2024 em cursos de diferentes modalidades para o setor, sendo 85% deles gratuitos. “Para 2025, o nosso planejamento prevê crescimento na ordem de 10% das matrículas em cursos dedicados à construção”.
Marcelo Kaiuca, presidente do Fórum Setorial da Construção Civil da Firjan e do Sindicato das Indústrias de Produtos de Cimento do Estado do Rio de Janeiro (Induscimento), reforçou os bons resultados e o crescimento do setor da construção no Rio de Janeiro, como o PIB, o crescimento no volume de vendas do material de construção, o número de vagas, e as perspectivas de investimentos privados e públicos nas esferas federal, estadual e municipal para 2025. Ele, no entanto, apontou desafios que prejudicam esse cenário.
“A elevação das taxas de juros prejudica o custo do crédito, impactando também a demanda por imóveis”, alertou Kaiuca, após chamar a atenção para o esgotamento dos recursos do fundo de garantia (FGTS) para fazer frente ao crescimento da demanda do mercado, o que torna necessário cessar o desvio do seu uso para outros destinos.
Renato de Sousa Correia, presidente da CBIC, enfatizou que o setor modifica o meio ambiente para atender as pessoas, com habitação de qualidade e com infraestrutura.
"Só em infraestrutura o setor investiu R$ 264 bilhões em 2024. Precisamos investir R$ 400 bilhões para chegar ao patamar de equivalência dos países que tem o mesmo perfil do Brasil. É um setor que está realmente fazendo a diferença no emprego, nas modificações desse meio ambiente para trazer qualidade de vida para o brasileiro”, afirmou.
Também na mesa de abertura do evento, Claudio Hermolin, vice-presidente da CBIC e presidente do Sinduscon-Rio, destacou a importância do encontro para “trazer importantes informações do estado, da cidade, do setor, que foram cuidadosamente preparadas para que a gente possa entender as oportunidades e os desafios e caminhar ainda mais forte”.
No painel “Panorama econômico do setor da construção: perspectivas para 2025”, Ieda Vasconcelos, economista da CBIC, apresentou em sua exposição dados que refletem o panorama da construção nacional e da região sudeste, destacando que o município do Rio foi o “Grande protagonista no setor, o Rio foi o maior gerador de novos postos de trabalho no setor da construção".
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