A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o consumo de pescado ao menos de uma a duas vezes por semana. O peixe é fonte de proteína e possui alto valor biológico. “Tem baixo teor de gordura, o que é um diferencial do peixe, para quem tem problema de colesterol, por exemplo. E possui uma gordura benéfica, o Ômega 3, que o corpo não produz, auxilia na saúde cardiovascular, melhora a circulação e reduz risco de infarto e AVC”, exemplifica a nutricionista Natalia Coelho, do programa Firjan SESI Cozinha Brasil. Quanto mais gorduroso o peixe, mais Ômega 3, como sardinha, salmão e cavala.
O baixo consumo no estado do Rio é creditado a um mito de que os pescados são difíceis de serem preparados, limpos e armazenados. “A grande maioria das pessoas não tem hábito de comer peixe. Pode ser dificuldade de acesso a locais confiáveis para comprar. Muitos não sabem como preparar ou escolher, e ainda tem o cheiro forte na cozinha”.
Na hora de comprar, é importante ficar atento para a cor da carne. Os peixes devem manter a mesma coloração, quando vendidos frescos ou congelados. Se estiverem congelados é preciso ver se o plástico não está com muito gelo ou água, sinal de um pescado que foi descongelado e recongelado. Se for à feira, prefira ir bem cedo e escolha barracas que mantêm o pescado no gelo.
As melhores formas de ser preparar um peixe é assado, cozido ou grelhado. Fritura de imersão é a pior opção porque aumenta a quantidade de gordura. Omelete com peixe desfiado, salada de atum com feijão fradinho e grão de bico também são opções sugeridas. A sardinha pode ser cozida na panela de pressão com temperos a gosto. “Fica tão macia, que até a espinha dá para comer. Há quantidade grande de cálcio, além de Ômega 3”, salienta Natalia.
“Outra sugestão é acrescentar o peixe desfiado no tradicional bolinho de arroz. Que tal colocar em prática o aproveitamento integral dos alimentos, sugerido pelo Cozinha Brasil, e incluir os talos da couve cortados bem fininhos e a cenoura ralada com casca?”, propõe.
Para a nutricionista, consumir pescados é uma questão de mudar o hábito. “A pessoa deve começar aos poucos, inserindo o peixe no cardápio a cada 15 dias. Depois vai diminuindo esse espaço. O consumo por idosos, gestantes e crianças, grupos com maior necessidade nutricional, torna-se fundamental para uma saúde melhor”.
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