A corrente de comércio do estado do Rio de Janeiro entre janeiro e abril de 2025 foi de US$ 22 bilhões, com um saldo superavitário de US$ 3,6 bilhões, de acordo com o Boletim Rio Exporta, produzido pela Firjan Internacional. Neste período, a corrente de comércio brasileira totalizou US$ 197 bilhões, com crescimento de 10% nas importações (US$ 90 bilhões), e recuo de 1% nas exportações (US$ 107 bilhões).
O desempenho no 1° quadrimestre do ano, manteve o estado do Rio de Janeiro como o segundo maior player entre as unidades federativas com maior fluxo comercial no país. No acumulado do ano, as exportações do estado somaram US$ 12,9 bilhões, queda de 17% em relação ao mesmo período de 2024. O desempenho é resultado da diminuição nas exportações das três principais classes de bens: manufaturados (-4%), de semimanufaturados (-10%) e dos básicos (-20%).
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Em contrapartida, as exportações da indústria de Produtos Alimentícios tiveram um aumento de 7%, impulsionadas pelas vendas para Uruguai, EUA e Argentina. As negociações do setor somaram US$ 38,7 milhões.
O aumento de 18% nas compras de bens intermediários e matérias-primas contribuiu para o crescimento de 10% nas importações fluminenses, que totalizaram US$ 9,2 bilhões no acumulado do ano. Houve crescimento também de 34% nas aquisições da indústria de Outros Equipamentos de Transporte, exceto Veículos Automotores (US$ 3,0 bilhões).
Já a indústria de metalurgia observou uma queda de 7% nas importações em igual período. O resultado reflete a redução de 21% nas compras de tubos de ferro fundido, ferro ou aço e seus acessórios (US$ 93,3 milhões).
No comércio do petróleo entre janeiro e abril deste ano, as exportações registraram retração para os principais destinos e crescimento nas negociações para os mercados asiáticos. Em relação ao mesmo período do ano anterior, houve queda de 20% nas exportações de óleos brutos de petróleo, que totalizaram US$ 10 bilhões. Destaca-se, no entanto, que as vendas cresceram 166% para a Coreia do Sul e 22% para a Índia.
As importações de petróleo caíram 11%, somando US$ 814 milhões em comparação a 2024. As compras fluminenses de óleos brutos de petróleo foram realizadas principalmente na Arábia Saudita (US$ 593 milhões) e na Guiana (US$ 222 milhões), ambos com variações negativas em relação ao mesmo período do ano anterior.
Além do petróleo
Excluindo o petróleo, as exportações do estado do Rio de Janeiro somaram US$ 2,9 bilhões entre janeiro e abril, com uma queda de 4%. O desempenho é resultado da contração de 13% nos embarques destinados aos Demais destinos (US$ 618 milhões), ou seja, países que não figuram entre os dez principais parceiros comerciais do estado, e que representaram 22% das exportações fluminenses.
Cresceram, por outro lado, as exportações de veículos de passageiros para países sul-americanos, como a Argentina (+116%), Colômbia (+173%) e Chile (+1.000%).
O Boletim Rio Exporta verificou que houve aumento de 12% nas importações fluminenses sem incluir o petróleo, entre janeiro e abril, totalizando US$ 8,4 bilhões. Oito dos 10 principais países fornecedores apresentaram aumento nas vendas para o Rio de Janeiro nesse período. Cresceram também as aquisições de partes de motores e turbinas para aviação provenientes dos EUA (+51%), China (+77%), Itália (+49%), França (+44%) e Alemanha (+23%), como reflexo das atividades do setor aeronáutico fluminense.