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Sinicon e Firjan lançam raio-x da infraestrutura no Rio Construção Summit

Acima: Felipe Borim (BNDES), Cláudio Frischtak (Inter B Consultoria), Paulo Coutinho (Sinicon) e Isaque Ouverney (Firjan)

Acima: Felipe Borim (BNDES), Cláudio Frischtak (Inter B Consultoria), Paulo Coutinho (Sinicon) e Isaque Ouverney (Firjan)Foto: Vinícius Magalhães

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Publicado em 25/09/2025 16:14  -  Atualizado em  26/09/2025 17:33

Existe um gap muito grande de infraestrutura no Brasil. A tese é dos palestrantes do Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada – Infraestrutura (Sinicon), da Inter B Consultoria e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) discutida durante o painel "Raio-x da infraestrutura: caminhos para o desenvolvimento do Brasil", no Rio Construção Summit 2025, nesta quinta-feira (25/9).
 
Na mesa de debates da Arena Invest.Rio, o Sinicon lançou, em parceria com a Firjan, o estudo Raio-x do Setor de Infraestrurura Brasileiro 2025, que oferece um panorama, seus desafios estruturais e as oportunidades de investimento. Paulo Coutinho, conselheiro do Sinicon, apresentou oficialmente o estudo e afirmou que existe um enorme gap no Brasil. Entre 67 países em desenvolvimento, o país está na 62ª posição. O estudo chama atenção para a baixa qualidade da infraestrutura existente no Brasil devido aos baixos investimentos. Nos últimos 15 anos, chegaram a 2,31%. A partir de 2014 houve uma queda contínua e, no ano passado, foram a 2,22% do PIB. Ou seja, o país está perdendo ativo em infraestrutura.

“Estamos investindo abaixo da depreciação. Para o Brasil recuperar o atraso no setor e alcançar os estoques de infraestrutura no nível da média mundial, precisaria dobrar o volume médio anual de investimentos, de 2% para 4,19% do PIB em um prazo de 20 anos”, acrescentou o conselheiro.
 
Coutinho reforça que os efeitos econômicos da infraestrutura são bastante relevantes. “Impactam outros 62 setores econômicos e tem efeito multiplicador, cada R$ 1 milhão investidos em infraestrutura reverte em R$ 1,44 milhões de crescimento do PIB”. Ele também lembrou os efeitos ambientais de redução da poluição do ar e da água, já que os modais adequados de transporte reduzem a emissão de gás carbônico, diminuindo a poluição e o efeito estufa.

Clique aqui e acesse a íntegra do estudo

Felipe Borim, superintendente do BNDES, concordou que há um gap muito grande de infraestrutura no país, ressaltando que, atualmente, são investidos pouco menos de R$ 300 bilhões ao ano no Brasil em infraestrutura e que isso precisaria mais do que dobrar.
 
Por outro lado, Borim afirma que há uma mudança estrutural na composição do financiamento. “A grande novidade são as debêntures, o mercado de capitais começando a financiar de fato a infraestrutura. Isso é muito recente. Há 10 anos, mais de 90% do funding para infraestrutura vinha do BNDES. Isso claramente não é saudável, é impossível sustentar uma trajetória de crescimento, dependendo de uma única instituição. Agora, a composição do funding já está mais ou menos 40% do BNDES e 60% do mercado de capitais”.
 
O BNDES busca nos grandes projetos trazer o mercado de capitais, coordenando a emissão das debêntures e entrando como investidor. Segundo o superintendente, ao entrar como investidor, o BNDES atrai o mercado para projetos mais arriscados.
"Estamos trazendo mecanismos que permitem contratar o project finance, mas que seja feito um refinanciamento ao longo do projeto. Isso ataca o problema das taxas de juros elevadas, permitindo que as empresas contratem o financiamento sabendo que elas terão uma janela para repactuar. Devemos ter mais de R$ 15 bilhões em contratações, usando esses instrumentos esse ano”, detalha Borim.
 
Para Cláudio Frischtak, sócio-diretor da Inter B Consultoria, o país sofre uma crise de mobilidade generalizada nas cidades médias e a necessidade de investimentos em mobilidade urbana está explodindo. O Brasil se afastou da fronteira de modernidade da infraestrutura e a solução vem da reforma fiscal, que é imprescindível, segundo o sócio-diretor. 
 
“Nós precisamos de uma reforma fiscal para que os juros se tornem razoáveis. O investimento público é muito importante, mas ele precisa ser bem governado, bem planejado, bem estruturado, fiscalizado. Há muitas falhas de planejamento em nossa cidade. E nós precisamos alocar os recursos com base em análise do custo-benefício, de forma íntegra, bem-feita, como muitos países já fazem”, avalia Frischtak.

Por outro lado, Isaque Ouverney, gerente de Infraestrutura da Firjan, acredita que “existe um amadurecimento da questão institucional, do setor de infraestrutura”. Ele avalia que, ultimamente, repactuações e contratos de concessão têm ocorrido de forma bem-sucedida.
 
“São pontos importantes, além, obviamente, da questão do financiamento e dessas inovações, não só da maior entrada de empresas privadas no setor de infraestrutura, mas do capital privado, 100% privado nesse setor. E o BNDES, sem dúvida, é o indutor disso”, resume Ouverney, que moderou o painel. 

 
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