Focar no desenvolvimento da liderança feminina, a partir de temas relacionados a soft skills, governança corporativa, presença executiva, autoconhecimento e saúde mental são tópicos presentes nos módulos do Programa Mulheres na Liderança, da Firjan IEL, pré-lançado em 14/5, na sede da Firjan, durante reunião do Conselho Empresarial de Mulheres da federação.

“No curso, a mulher líder poderá aprimorar estratégias para desenvolver sua carreira e também compartilhar os desafios relativos ao papel da liderança feminina em ambientes, muitas vezes, majoritariamente masculinos. Vamos mostrar que ela não está sozinha naquele lugar. O objetivo do programa é formar um grupo acolhedor e estimular a interação, a troca de experiências e o autoconhecimento”, disse Carla Pinheiro, presidente do Conselho. 
 
Miriam Grobman, professora do programa, assegurou que o projeto, voltado para lideranças femininas, pretende “fortalecer as competências de mulheres na liderança, focando em soft skills; e prover conteúdo relevante para aprofundar as discussões sensíveis, gerando reflexões sobre o papel da liderança feminina e da diversidade”. Miriam tem 16 anos de experiência trabalhando com executivos nos EUA, Europa e América Latina.
 
Seis encontros presenciais, em formato de workshop de 4 horas, vão entregar um mix de conceitos, simulações, estudos de casos, palestras e debates, para desafiar o pensamento, dando oportunidade para a pessoa colocar todo o conhecimento na prática da realidade dela. “E sair de lá com algumas reflexões, ideias de mudança e ações na sua lista", complementou Miriam.
 
Daniel Adão, coordenador de Educação Executiva e Soluções para Empresas da Firjan IEL, informou que o lançamento oficial do programa será em junho, com inscrições até o final de julho. Já os encontros vão ser realizados de 4/8 a 13/10 e o custo do programa terá subsídio da federação para empresas associadas à Firjan e à Firjan CIRJ.
 
Disque Denúncia Mulher
 
O evento contou ainda com uma apresentação do Disque Denúncia Mulher, implantado há um ano no Rio de Janeiro. Cintia Brunn, gerente do Disque Denúncia Mulher, mostrou avanços alcançados entre os meses de março de 2024 e de 2025. Ela contou que nesse período houve um aumento de 40% no número de denúncias de violência doméstica, especialmente contra a mulher.
 
“O município com mais denúncias é o Rio de Janeiro, seguido por algumas cidades da Baixada Fluminense. Um dos bairros com maior índice é Campo Grande, talvez por conta da questão populacional. O perfil do agressor é de quem deveria proteger, vem de dentro de casa, como o marido, o companheiro, o ex-marido e ex-namorado, além do crescimento preocupante do número de filhos que agridem as mães”, complementou a gerente.
 
Após lembrar que o diferencial do Disque Denúncia Mulher é a garantia do anonimato, Cintia disse que os principais tipos de agressão são socos (56%), chutes (35%) e cárcere privado (15%).
 
As denúncias 100% anônimas podem ser feitas pelo telefone e WhatsApp: (21) 2253-1177, no Aplicativo Disque Denúncia RJ ou pelo site.