A produção industrial brasileira registrou sua segunda queda em 2025 (-0,5% em maio em relação a abril) e a Firjan destaca que esse desempenho é fruto de um cenário internacional e doméstico adverso, acompanhado de baixa confiança do empresário do setor industrial, que segue pessimista pelo sexto mês consecutivo.
No plano internacional, o acirramento geopolítico no Oriente Médio e no Leste Europeu e a indefinição sobre a questão comercial ampliam a incerteza global e comprometem a tomada de decisão dos empresários. No ambiente doméstico, o aumento da taxa básica de juros para 15% ao ano – o maior nível em quase duas décadas - é um fator adicional de restrição à produção ao encarecer o crédito e desestimular investimentos.
Diante disso, a Firjan entende ser urgente o avanço de uma agenda de reformas fiscais que permita a revisão da atual estrutura do setor público e garanta uma melhor alocação de recursos. A criação de um ambiente macroeconômico estável, com previsibilidade e baixo risco, é indispensável para restaurar a confiança do setor produtivo, estimular os investimentos e colocar a indústria brasileira em trajetória sustentável de crescimento.