<img height="1" width="1" style="display:none;" alt="" src="https://px.ads.linkedin.com/collect/?pid=4124220&amp;fmt=gif">
Portal Sistema Firjan
menu

Notícias

Economia

Indústria segue sem fôlego e encerra o trimestre praticamente estável, pressionada por juros

Tempo médio de leitura: ...calculando.

Publicado em 04/11/2025 10:46  -  Atualizado em  04/11/2025 10:58

 Segundo o IBGE, a produção industrial brasileira recuou 0,4% em setembro na comparação com agosto — descontados os efeitos sazonais — e reverteu parte do ganho pontual observado no mês anterior. Com isso, a indústria encerra o terceiro trimestre praticamente estável (+0,1%), evidenciando a dificuldade do setor em retomar uma trajetória consistente de crescimento. A indústria segue operando cerca de 15% abaixo do seu nível máximo de produção, alcançado em 2014 — um sinal claro de que ainda falta fôlego para uma recuperação sólida.

Neste contexto, a Firjan destaca que o patamar historicamente alto da taxa básica de juros, mantida em 15% ao ano, continua sendo um dos principais entraves à atividade industrial. “As pequenas empresas, mais dependentes de crédito para financiar capital de giro e modernização, têm sentido mais intensamente esse impacto”, completa Janine Pessanha, Especialista em Estudos de Competitividade da Firjan. Segundo a CNI, o desempenho dessas empresas piorou no terceiro trimestre de 2025 em relação a igual período do ano anterior. O início do quarto trimestre também não traz sinais de melhora: já são 11 meses consecutivos em que o otimismo não se recupera entre os pequenos empresários industriais.

Em meio a esse cenário, as incertezas sobre a sustentabilidade das contas públicas seguem como obstáculo adicional à retomada da atividade industrial. Avançar em reformas que tornem o gasto público mais eficiente — como a administrativa — é passo fundamental para restaurar a confiança, mitigar riscos e abrir espaço para a redução sustentável dos juros, criando um ambiente mais favorável ao investimento e à geração de empregos. Com maior previsibilidade fiscal e custos financeiros mais baixos, a indústria poderá, enfim, retomar o papel de protagonista no crescimento econômico do país.

 
Para Empresas
Competitividade Empresarial Educação Qualidade de Vida