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Mercado editorial em alta até 2030: especialistas defendem integração entre impresso e digital

De pé, Dante Cid, presidente do Sindicato Nacional de Editores de Livros (SNEL)

De pé, Dante Cid, presidente do Sindicato Nacional de Editores de Livros (SNEL)Foto: Paula Johas

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Publicado em 18/09/2025 10:27  -  Atualizado em  18/09/2025 11:36

A coexistência entre digital e offset é uma tendência no mercado gráfico e editorial, na opinião de especialistas que participaram do III Seminário Internacional Gráfico - Por trás de cada página, um mundo de conexões, realizado nesta quarta-feira (17/9), na Casa Firjan. Na segunda parte do evento, promovido pela Firjan SENAI SESI, várias mesas-redondas discutiram o setor. 

No painel "Visão global: tendências e inovações no mercado gráfico e editorial", Emma House, do Grupo Oreham, da Inglaterra, pontuou que o mercado gráfico editorial está passando por mudanças, com muitas tendências, muitos desenvolvimentos que vão formar o modo como será no futuro. Mas já adiantou que o mercado, estimado em cerca de US$ 151 bilhões em 2024, deve crescer por volta de 5% até 2030. O Brasil, segundo Emma, está definitivamente no top 10 da publicação global. 
 
“O crescimento está acontecendo em diferentes gêneros, como novelas e mangás, livros religiosos, para crianças e itens de colecionadores, que é a mais nova tendência atualmente. Além do aumento na demanda dos personalizados”, explicou a especialista, que também falou sobre novas legislações com foco sustentável, o impacto de desastres naturais e de guerras na logística de distribuição ao redor do mundo, além da questão das tarifas, e as tendências do setor baseadas em Inteligência Artificial (IA). 

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Emma House é presidente da Scholarly Networks Security Initiative e vice-presidente do Publishing Training Centre | Foto: Paula Johas 


 
Nathália Coelho, pesquisadora do Laboratório de Tendências da Casa Firjan, mediou este painel, que apresentou um panorama global e brasileiro sobre as inovações que estão transformando o mercado gráfico editorial. Ela adiantou que, em breve, será lançado um estudo sobre tendências específicas para o setor gráfico, que está sendo produzido em parceria com o Centro de Referência em Gráfica da Firjan SENAI SESI, no Maracanã.  
 
Dante Cid, presidente do Sindicato Nacional de Editores de Livros (SNEL), que patrocina três importantes pesquisas: a de produção e vendas das editoras, a que verifica os resultados em pontos de vendas e a retratos da leitura, que mapeia os hábitos no Brasil, ao estilo do censo, mostrou resultados relevantes. 
 
O mestre em inteligência artificial apresentou a série histórica de produção e vendas e destacou que o digital não é inimigo do impresso, no caso do Brasil. O digital aqui nunca passou de 5% ou 6%. Só no último levantamento, ele chegou a 9% no país porque a pesquisa incluiu os didáticos no digital.  
 
De acordo com a pesquisa do Snel, as maiores quedas foram as dos livros universitários e as dos didáticos, porque algumas escolas estão adotando apostilas e formas alternativas de acesso ao conteúdo. “A atenção realmente está no que vai acontecer nos próximos anos com esses segmentos, especialmente o didático, que é tão relevante para a indústria gráfica”, complementou. 
 
Mediado por Sandra Rosalen, da Universidade de Wuppertal, na Alemanha, o terceiro painel do seminário debateu a Impressão Inteligente: Tendências e Tecnologias que moldam a Indústria. Francisco Calvache, da HP da Espanha; Luis Iglesias, gestor da divisão de Produção na Gomaq; Paulo Faria, CEO da Koenig & Bauer do Brasil; e Silvia Montes, presidente da Heidelberg do Brasil, apostam no casamento do digital com o offset nos próximos dois ou três anos. 
 
Para Silvia, as duas tecnologias vão coexistir. "Em termos de avanços tecnológicos, continuarão existindo. Mecanicamente no offset mais limitado, mas com muita integração, muito software, muita inteligência artificial, o que traz produtividade. E o digital também inova, melhorando cada vez mais a qualidade e tendo mais integração”. 
 
Na opinião de Faria, “os offsets vão ficar mais digitais no sentido de que o digital entrega velocidade, acerto e tudo. E as digitais vão ficar mais offsets em termos de qualidade, confiabilidade, robustez. As duas tecnologias vão conviver. Já temos essa mesma máquina, como a Inkjet em uma plataforma de offset, tendo o melhor dos dois mundos, tanto para embalagens quanto para o editorial”. 
 
Calvache acredita que a offset está crescendo com grande apoio do digital. “Hoje a diferença entre as impressões digitais e offsets não é mais tão grande, principalmente porque há produtos em sobreposição, como KBA e HP, que estão desenvolvendo uma plataforma digital. Provavelmente, a combinação de ambas as coisas vai dominar o dia a dia”. 
 
Para Iglesias, “trata-se de uma tendência que já vem acontecendo e que deve evoluir. O jato de tinta, por exemplo, ainda tem muito que evoluir. Daqui a dois ou três anos, acredito que as máquinas serão mais compactas. Esse é um caminho”.  

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