
Ao microfone, Antonio Carlos Vilela, presidente do Conselho de Energia Elétrica da Firjan e 2º vice-presidente da Firjan CIRJFoto: Vinícius Magalhães
Com líderes empresariais e governamentais, o III Fórum Rio Empreendedor, promovido pela Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), discute os desafios e as oportunidades na busca por transformar o Rio de Janeiro em uma cidade verdadeiramente empreendedora, nos dias 8/10 e 9/10, na ACRJ.
O evento reuniu no primeiro painel desta quarta-feira, Antonio Carlos Vilela, 2º vice-presidente da Firjan CIRJ, Guilherme Mercês, consultor da Fecomércio, e Robson Carneiro, presidente do Sebrae-RJ, com moderação do presidente da ACRJ, Josier Vilar. Os convidados sabatinaram o secretário de estado da Casa Civil do Rio de Janeiro, Nicola Miccione, e Osmar Lima, secretário municipal de Desenvolvimento Econômico do Rio.
Antonio Carlos Vilela questionou o secretário Osmar Lima sobre os desafios que a cidade enfrenta na transição para um ambiente mais empreendedor. “A solução dos problemas começa quando sentamos para conversar", afirmou Vilela, ressaltando o papel fundamental da colaboração com o governo estadual e municipal. "O Rio de Janeiro, para prosperar, precisa da união de esforços. Este evento é um exemplo de como podemos nos unir", acrescentou.
O empresário da Firjan chamou a atenção para a necessidade de um entendimento mais profundo sobre os problemas estruturais da cidade. "Não sabemos por que a sociedade parece estar se entregando a uma situação adversa. O Rio que queremos requer uma colaboração efetiva para resolver essas questões", afirmou ele, enfatizando ser o Rio de Janeiro uma força econômica a ser mais explorada. Vilela também questionou Lima sobre uma possível parceria entre os governos municipal e estadual na área de segurança pública.
Já Josier Vilar ressaltou a importância do evento para o futuro econômico da cidade, reunindo autoridades comprometidas com o desenvolvimento econômico do Rio de Janeiro. A questão central do talk show foi o que pode ser feito para transformar o Rio em um centro de oportunidades e crescimento econômico. "Devemos encontrar formas criativas para estimular o empreendedorismo em nossa cidade", destacou Vilar.
O presidente da ACRJ agradeceu a inscrição de 1.200 pessoas no evento, que busca avançar na construção de uma cidade inteligente, empreendedora, que fale de transformação digital, de inovação, que se alinhe com o novo tempo que estamos vivendo da modernidade digital.
"O Rio de Janeiro é uma potência no turismo, e a área pública deve continuar a se esforçar para abrir as portas para essa indústria", finalizou, dando uma ideia clara de que a transformação passa pela colaboração e pelo alinhamento de esforços entre todos os envolvidos.
O secretário Osmar Lima destacou a importância das mais de 30 concessões em Parcerias Público-Privadas (PPPs) com a prefeitura e de a cidade ter uma infraestrutura digital para ser empreendedora e amigável para o empresário e para o cidadão.
“Construir a parceria entre o setor privado e o poder público, na prática, é trazer a iniciativa privada para investir em iniciativas de interesse do poder público, e interesse da sociedade”, disse Lima, ressaltando que a prefeitura trabalha para ter uma rede, que não depende de fibra, é uma rede wifi, sem fio, o que vai acabar com a questão do roubo de fios.
Nicola Miccione afirmou que, para tirar o estado do Rio de Janeiro da situação financeira e política difícil em que se encontrava, foi fundamental a intensificação do diálogo com a sociedade a partir de 2021.
“O diálogo foi constante, com a Firjan, a Fecomercio, a Associação Comercial, o Sebrae, o Tribunal de Justiça e o Poder Legislativo. Foram encontrados problemas diversos, como o tempo para fazer o licenciamento ou conseguir uma autorização dos bombeiros. Esses gargalos foram sendo retirados e hoje é possível ter maior velocidade na Junta Comercial, por exemplo, na abertura de empresas", disse.
Robson Carneiro, presidente do Sebrae-RJ, pediu para o secretário estadual da Casa Civil falar sobre os desafios que enfrentou na liderança da concessão de parte da Cedae. Robson disse que considerou boa para o estado, uma vez que avançou no Rio, que hoje tem águas mais limpas, como na Praia do Flamengo.
“Tenho visto que vocês também têm um olhar muito clínico, tanto o governo do estado como a prefeitura com a parte aquaviária”, enfatizou Robson, após informar que o Sebrae criou um comitê de economia do mar.
O secretário destacou que, em pouco mais de quatro anos, mais de 1 milhão de pessoas estão com acesso a água encanada pela primeira vez. Além da balneabilidade do Flamengo, de Botafogo e da Praia da Urca.