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ICEI-RJ cresce, mas empresários completam 10 meses com falta de confiança econômica

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Publicado em 27/10/2025 13:31  -  Atualizado em  27/10/2025 14:04

O Índice de Confiança do Empresário Industrial Fluminense (ICEI-RJ) completou dez meses consecutivos abaixo da linha dos 50 pontos — limite que separa a confiança da falta de confiança da classe e registrou 48,0 pontos em outubro de 2025. Apesar do cenário de pessimismo, o ICEI-RJ indica leve melhora na confiança do empresário em relação ao mês anterior, quando havia alcançado 47,2 pontos.

A análise dos componentes revela que essa leve melhora na comparação mensal refletiu condições atuais menos negativas. Além disso, as expectativas avançaram para 50,2 pontos, aproximando-se da neutralidade.

“A proximidade do fim do ano, período tradicionalmente mais favorável para a indústria, tende a influenciar positivamente as expectativas. Ainda assim, é prematuro apontar uma reversão do cenário, e a retomada dependerá da consolidação de sinais mais consistentes nos próximos meses”, atesta Jonathas Goulart, economista-chefe da Firjan.

O Indicador de Condições Atuais (43,4 pontos) manteve-se abaixo da linha divisória dos 50 pontos em outubro de 2025, mas apresentou alta de um ponto em relação ao mês anterior. Embora todos os componentes do índice ainda estejam no campo pessimista, houve avanço em comparação a setembro. Destaca-se a avaliação das condições do estado, que passou de 37,0 para 42,2 pontos, posicionando-se acima da média histórica.

Acesse o estudo aqui


Desafios estruturais

O Indicador de Expectativas (50,2 pontos), apresentou ligeiro otimismo, ficando levemente acima da fronteira dos 50 pontos. Entre os componentes do índice, apenas as expectativas em relação à própria empresa registraram resultado acima desse limite, com 54,4 pontos. Diferentemente, as expectativas quanto à economia brasileira e ao estado do Rio de Janeiro permaneceram na órbita do pessimismo, com 42,2 e 39,0 pontos, respectivamente.

“A manutenção da confiança em patamar pessimista reflete os desafios estruturais que continuam a limitar o dinamismo da indústria fluminense”, argumenta Goulart, citando a elevada taxa de juros, somada à fragilidade fiscal e à ausência de avanços concretos em reformas estruturantes, que contribuem para um ambiente de negócios restrito, que freia investimentos e compromete a retomada da produção.

“Embora o fim do ano costume trazer estímulos sazonais às expectativas, a recuperação da confiança dependerá da construção de uma trajetória mais sólida, pautada pela redução das incertezas macroeconômicas, pela melhoria das condições de crédito e pela criação de um ambiente favorável à inovação e à competitividade”, conclui.
 

 
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