
Marcelo Kaiuca, presidente do Fórum e vice da Firjan, comandou a reunião realizada na sede da federaçãoFoto: Vinícius Magalhães | Firjan
As perspectivas de demanda no mercado imobiliário do estado do Rio de Janeiro foram traçados por especialistas e empresários, na reunião do Fórum Setorial da Construção Civil da Firjan, na sede da federação, em 30/07. Marcelo Kaiuca, presidente do Fórum, ressaltou que a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic) elevou a projeção de crescimento do PIB da construção civil para este ano.
“É o segundo aumento de expectativa da Cbic desde o começo de 2024. A gente começou o ano com projeção de alta de 1,3%, passou para 2,3% e agora está em 3%. Os números são bastante otimistas, em relação a esse crescimento do setor. No momento, tem espaço para crescer mais. Segundo a consultoria Brain, a intenção de compra de imóveis também está elevada. Esse é um ponto muito importante”, comentou Kaiuca.
As vendas estão aquecidas, segundo a Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Rio de Janeiro (Ademi-RJ). No primeiro trimestre de 2024 em relação ao mesmo período de 2023, houve alta de 12% nas vendas de imóveis no Rio de Janeiro, segundo Marcus Saceanu, vice-presidente do Fórum da Construção Civil e presidente da Ademi-RJ: “O cenário de venda está muito forte, e por outro lado, o estoque de imóveis está muito baixo. Temos 11 mil unidades em estoque, enquanto a média de venda anual é de 20 mil imóveis”.
Reforçando essa tendência, Marcelo Gonçalves, sócio-consultor da Brain – Inteligência Estratégica, apresentou indicadores mensais do mercado, realizados pela Brain para o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Rio de Janeiro (Sinduscon-Rio), e trimestrais, elaborados para a Ademi-RJ. Desde a pandemia, a Brain faz uma pesquisa trimestral de intenção de compra nacional. Em junho, 48% das pessoas entrevistadas tinham intenção de compra de um imóvel.
“Desse grupo que deseja comprar um imóvel, 33% pretendem, mas ainda não começaram a procurar; 10% já estão procurando na internet e 5% estão visitando stands. Em relação à quantidade de oferta de imóveis hoje na capital fluminense, realmente é uma oferta baixa. A disponibilidade sobre oferta, que é a oferta final de imóveis dividida pelo que foi lançado, está em 18,8%. A disponibilidade é considerada razoável, quando está entre 20% e 25%. Acima de 30% começa a ter uma oferta muito grande”, detalhou Gonçalves.
Já Cláudio Martins, superintendente executivo de Habitação na Caixa Econômica Federal, reforçou a visão geral sobre o mercado fluminense. “A área central da Cidade, em razão do Programa ‘Reviver Centro’, e a região portuária, tem se revelado como grande vetor de crescimento pelo aumento dos lançamentos imobiliários”.
Para melhorar ainda mais, Martins afirma que a questão da segurança pública precisa ser atacada. “Medelin, na Colômbia, era a cidade com o maior índice de violência do mundo e hoje está sem violência. O Rio de Janeiro precisa seguir esse exemplo”.