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Cidades-esponja e soluções baseadas na natureza são destaques no Seminário de Segurança Hídrica

No telão, o urbanista Kongjian Yu, professor da Faculdade de Arquitetura e Paisagismo da Universidade de Pequim

No telão, o urbanista Kongjian Yu, professor da Faculdade de Arquitetura e Paisagismo da Universidade de PequimFoto: Vinicius Magalhães

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Publicado em 18/04/2024 10:22  -  Atualizado em  19/04/2024 09:46

As cidades-esponja da China apresentadas pelo urbanista Kongjian Yu e o painel Infraestrutura Verde e Cinza para Segurança Hídrica foram destaques no segundo dia do Seminário sobre o tema, correalizado pela Firjan, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pelo Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), na sede da federação, em 17/4. O professor chinês Kongjian Yu, decano da Faculdade de Arquitetura e Paisagismo da Universidade de Pequim, explicou como funcionam as cidades-esponjas para prevenir enchentes e outros problemas causados por eventos climáticos extremos.

“A água é o elemento-chave para a cidades-esponja, um processo que limpa a água e serve para retê-la em caso de chuva em excesso. Podemos fazer em todos os níveis, desde os locais. É inspirado na sabedoria anciã de famílias chinesas que plantavam arroz”, disse Yu. Na China, em 25 anos, muitos projetos usaram a cidades-esponja para combater os prejuízos causados pelas monções. O professor deu exemplos como a cidade Sanya, onde foram criadas florestas flutuantes em rios e em pequenas ilhas, o que também ajuda a limpar as águas. “Para o Brasil, diria que vocês têm uma natureza linda e é possível corrigir, cuidar dela de maneira holística. Usar a tecnologia em prol da natureza”, concluiu Yu.

Outro projeto que envolve soluções baseadas na natureza, agora no estado do Rio de Janeiro, chamou a atenção no evento, foi o da Reserva Ecológica do Guapiaçu (Regua), em Cachoeiras de Macacu, na Região Metropolitana. O presidente da instituição, Nicholas Locke, contou que “em 15 anos já plantaram mais de 900 mil árvores e a área até é usada pelo Instituto Estadual de Ambiente (Inea) para soltura de antas e outros animais. A região é o terceiro maior remanescente de Mata Atlântica. É feito um programa de educação ambiental, pesquisa e turismo”.

De acordo com Locke, mais de 120 teses já foram escritas baseadas no projeto, que passará a ter foco na produção hídrica. “Afinal, para produzir água é preciso ter floresta. Cachoeiras de Macacu é uma espécie de caixa d'água que abastece 2 milhões de pessoas. A água da bacia do Guapiaçu vai para o sistema Imunana-Laranjal, da Cedae, e chega a Niterói e a várias cidades”. A Regua conta com apoio de empresas e doações internacionais.

O presidente da Cedae, Agnaldo Ballon, destacou que a água que vem de Cachoeiras de Macacu é coletada pela concessionária para ser tratada. “Também desenvolvemos soluções baseadas na natureza na bacia do Guandu e no corredor Tinguá-Bocaina. O Guandu é o maior sistema unitário de coleta de água do mundo, com capacidade para 43m³ por segundo e abastece 9 milhões de pessoas. É preciso associar a infraestrutura cinza à verde, ainda mais com os impactos das mudanças climáticas”.

Já o gerente de Sustentabilidade da Firjan, Jorge Peron Mendes, ressaltou a visão do modelo integrado, começando com a Regua, passando pela Cedae e culminando com a Águas do Brasil, que distribui a água tratada. A importância da Infraestrutura Natural e Cinza na Distribuição de Água foi o tema de Marilene Ramos, diretora de Relações Institucionais e Sustentabilidade do Grupo Águas do Brasil. “As metas de distribuição de água pelo Marco de Saneamento são atingir 99% da população e a de coleta e de tratamento de esgoto, 90% até 2033. Por outro lado, é importante também combater o desperdício. A água mais fácil de ganhar é a que deixamos de perder. E as perdas estão em 38% para uma meta de 25%,” contabilizou Marilene, que incentivou o uso de água de reúso pelas indústrias. Na parte da tarde, foram debatidos: Eficiência no Uso da Água e Eventos Extremos e Cidades Resilientes. 

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