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Firjan defende simplificação do licenciamento para destravar a silvicultura no estado do Rio

Acima, Carlos Erane (Firjan), Cláudio Providas (PNUD), Bernardo Rossi (SEAS), Renato Jordão Bussiere (Inea) e Dr. Flávio (SEAPPA)

Acima, Carlos Erane (Firjan), Cláudio Providas (PNUD), Bernardo Rossi (SEAS), Renato Jordão Bussiere (Inea) e Dr. Flávio (SEAPPA)Foto: Paula Johas

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Publicado em 03/11/2025 16:20  -  Atualizado em  03/11/2025 17:13

Durante a assinatura do Acordo de Cooperação Técnica entre o Governo do Estado do Rio de Janeiro e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), o presidente em exercício da Firjan, Carlos Erane de Aguiar, destacou o potencial da silvicultura como vetor de desenvolvimento sustentável e defendeu a simplificação do licenciamento ambiental no setor. A cerimônia foi realizada nesta segunda-feira (3/11), no Palácio Guanabara.

O acordo assinado consolida a cooperação para a execução do Projeto BRA/25/011 – “Gestão Integrada das Paisagens da Mata Atlântica no Estado do Rio de Janeiro: conhecimento, restauração, bioeconomia e geração de créditos de carbono”. Financiado pelo Fundo Estadual de Conservação Ambiental e Desenvolvimento Urbano (Fecam), o projeto contará com investimento de cerca de R$ 8,4 milhões e vigência até março de 2029. A iniciativa reforça o compromisso do estado com a restauração de ecossistemas, o desenvolvimento sustentável e a criação de novas oportunidades econômicas baseadas na floresta.

Carlos Erane ressaltou que, mesmo antes da publicação da Política Estadual de Desenvolvimento Florestal, em 2023, a federação já reconhecia a importância estratégica da silvicultura para diversificar a economia fluminense. “Por mais de oito anos, a Firjan colaborou com técnicos do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e com a Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade (SEAS) para que o Rio conquistasse uma política pública que se tornasse instrumento de desenvolvimento social e econômico”, afirmou.

De acordo com análises da Firjan, a silvicultura tem potencial para atrair cerca de R$ 11 bilhões em investimentos e gerar até 960 mil empregos diretos e indiretos nos próximos cinco anos, por meio do plantio e da instalação de novas indústrias de base florestal. “O estado do Rio não pode abrir mão desses números”, reforçou Erane, que defendeu a agilização do licenciamento ambiental dos cinco distritos florestais previstos na política estadual. Segundo ele, concluir ao menos um desses processos até o fim de 2025 seria um passo concreto e simbólico do comprometimento do poder público.

“Sugerimos que o Inea institua a Licença Ambiental Comunicada como instrumento de licenciamento para as atividades de silvicultura no estado. Essa ação colocaria o Rio em patamar de igualdade com outros estados que já simplificaram o processo”, propôs. O presidente em exercício afirmou que a Firjan vê o acordo firmado com o PNUD como um marco para acelerar o desenvolvimento da silvicultura econômica fluminense.

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Jorge Peron Mendes, gerente de Sustentabilidade, e Carlos Erane de Aguiar, presidente em exercício da Firjan, representaram a federação no evento | Foto: Paula Johas

Com o acordo, o Rio de Janeiro se posiciona como um dos estados pioneiros na integração entre conservação ambiental, inovação tecnológica e geração de valor sustentável, de acordo com o governo estadual.

“Essa parceria simboliza tirar do papel as boas ideias e transformá-las em políticas públicas efetivas. Hoje é um dia de celebração, em que mostramos que desenvolvimento econômico e meio ambiente são aliados”, afirmou Bernardo Rossi, secretário de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, relatando que o acordo deve impulsionar a silvicultura e a economia verde nas regiões Norte e Noroeste do estado. 

O secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Dr. Flávio, também ressaltou o papel estratégico do setor agropecuário na promoção de um desenvolvimento sustentável que alia produção e conservação ambiental. “Estamos mostrando que é possível produzir sem desmatar e, ao mesmo tempo, reflorestar. O produtor fluminense está aprendendo que é possível gerar alimento e preservar as nossas florestas”, afirmou o secretário.

Dr. Flávio destacou o trabalho conjunto com a SEAS e com instituições de ensino e pesquisa, como a Univassouras e a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Rio de Janeiro (Emater-Rio), na orientação técnica a produtores rurais.

Entre as ações já em andamento, o secretário citou o programa de agricultura social, desenvolvido em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, que leva mudas nativas da Mata Atlântica e estufas a pequenos produtores para fortalecer a agricultura familiar e promover o reflorestamento.

O representante residente do PNUD no Brasil, Cláudio Providas, concordou que a parceria entre o governo do estado do Rio de Janeiro e a entidade representa um marco internacional e um exemplo de política pública inteligente e inovadora. “Esta parceria é um passo muito importante e inteligente. O Rio de Janeiro está sendo pioneiro ao unir bioeconomia, restauração florestal e desenvolvimento sustentável. Trata-se de uma plataforma com enorme potencial para atrair novos recursos nacionais e internacionais”, afirmou Providas.

Providas destacou que o acordo está alinhado ao Marco Global de Biodiversidade (Global Biodiversity Framework). “Este projeto coloca o Rio de Janeiro em uma posição de destaque nas discussões globais sobre biodiversidade e sustentabilidade. Ele demonstra que é possível integrar a conservação da natureza com o desenvolvimento econômico”, afirmou.

O representante do PNUD também ressaltou a importância do uso de fundos de compensação ambiental como instrumentos de financiamento inovadores, reforçando que o modelo adotado pelo estado pode servir de referência para outras unidades federativas e países. Providas lembrou ainda o histórico de cooperação entre o PNUD e o Brasil em diversas frentes de desenvolvimento, destacando o papel do país na adoção de soluções sustentáveis e eficazes em políticas públicas.

 
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