O Diagnóstico do Comércio Exterior no Rio de Janeiro e a Reforma Tributária foram os temas centrais debatidos pelos empresários da Baixada Fluminense, durante a reunião do Conselho Empresarial Firjan Caxias e Região, nesta terça-feira (23). Com a proposta de expandir o olhar para o mercado internacional, o presidente regional da federação, Roberto Leverone e o vice, Rodrigo Hunger, convidaram ainda o mestre em Relações Internacionais, Tanguy Baghdadi, para apresentar o cenário brasileiro e sul-americano no Mercosul.

 “Temos muitas indústrias potenciais que precisam ser estimuladas a entrar no comércio exterior e a Reforma Tributária pode contribuir com as atividades empresariais neste sentido. É preciso pensar em formas de fazer com que a indústria local entre nesse mercado. Ao iniciar as atividades do ano com esse debate pretendemos contribuir para que os empresários da Baixada ampliem seus negócios”, destacou Roberto Leverone.

Na ocasião, os empresários tiveram acesso à análise local do estudo sobre o comércio exterior feito pela Firjan, a partir de amostragem envolvendo 262 empresas. De acordo com Lucas Peron, analista de Comércio Exterior da Firjan Internacional, a área de Duque de Caxias e seu entorno (Belford Roxo, Guapimirim, Magé e São João de Meriti) está entre as que concentra maior número de empresas importadoras e exportadoras no estado, representando 7,6% do total, ficando atrás apenas da Capital (52,3%) e da Região Leste Fluminense (9,5%).  Duque de Caxias detém quase que 100% das exportações da região, onde o óleo bruto de petróleo ou de minerais betuminosos são os principais produtos comercializados no mercado internacional.

“Caxias é uma região de grande relevância para o comércio exterior do Rio e é importante os empresários da região conhecerem os principais entraves, parceiros e as tendências do mercado internacional”, destacou Lucas Peron.

O conselheiro Henrique Osório, representante da metalúrgica Sacor, ressaltou a relevância em ter um panorama da região em meio ao cenário do mercado internacional. “Acredito muito no mercado exterior. O comércio mundial é muito amplo, precisamos nos acostumar a sair da nossa zona de conforto e visitar os clientes no exterior”, pontuou. Os empresários ainda puderam ampliar os horizontes no que se refere à política internacional no cenário brasileiro e sul-americano do Mercosul, em que o professor Tanguy Baghdadi atentou para os países vizinhos, considerados potenciais parceiros comerciais.

A aproximação do sistema tributário brasileiro com o mercado externo foi um dos pontos debatidos pela equipe Jurídica Tributária da Firjan, que apresentou os principais itens da Reforma Tributária. A advogada da Firjan, Fernanda Brumana, enfatizou as mudanças asseguradas pela reforma. “É importante, nesse momento de transição, repassar com os empresários esse panorama geral econômico para uma melhor contextualização”, destacou Fernanda, reforçando que uma das questões a serem ressaltadas é a simplificação de burocracias tributárias, que representa redução de custo operacional dentro das empresas.

O empresário Júlio Sandes, representante da Lubrizol, reforçou a necessidade de se esclarecer os pontos da reforma. “O pouco que temos de conhecimento traz certos temores sobre como funcionará na prática, visto que ainda estamos no período de mudança dos dois sistemas. Esses esclarecimentos e atualizações são fundamentais para que possamos ser protagonistas mais efetivos nesta fase de transição”, enfatizou.