Após a abertura da Fevest 2025, na tarde desta terça-feira, 24/6, o presidente da Firjan, Luiz Césio Caetano, reuniu-se com membros do Conselho Empresarial do Centro-Norte Fluminense para tratar dos pleitos para o desenvolvimento da região. Na Firjan SENAI Espaço da Moda, em Nova Friburgo, eles debateram a preocupação com o avanço de dois Projetos de Lei em tramitação na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), que podem gerar impactos significativos à atividade produtiva do estado.
O PL 4387/2024 prevê o aumento de dois pontos percentuais na alíquota de ICMS para empresas que recebem incentivos fiscais, enquanto o PLC 34/2025 tem como objetivo de reduzir em 50% o total dos incentivos concedidos no estado. Na região Centro-Norte, os setores da indústria mais impactados serão o metalmecânico e o têxtil, maiores empregadores regionais.
Márcia Carestiato Sancho, presidente do Firjan Centro-Norte, abriu a reunião destacando a presença de Caetano em mais uma edição da feira de moda íntima, praia e fitness e na cidade de Nova Friburgo, o que só reforça a relevância das indústrias da região para a economia estadual. Em seguida, convidou a todos para dar sequência às reflexões sobre os Projetos de Lei que afetam a sustentabilidade econômica dos municípios.
Caetano apresentou ações já realizadas pela federação junto aos deputados da Alerj. “Fizemos um movimento para que a Assembleia desista dos PLs que têm o propósito de reduzir os benefícios fiscais no Rio de Janeiro, o que afeta especialmente o interior. Tivemos reunião com os deputados estaduais Luiz Paulo Corrêa da Rocha e Bruno Boaretto, que já ficaram impressionados com a movimentação de Nova Friburgo e de outros municípios, como Três Rios, Volta Redonda e a Baixada Fluminense”, comentou.
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Foto: Paula Johas |
A presidente do Conselho complementou, reforçando que, se aprovados, esses Projetos de Lei terão impactos diretos e severos na economia regional, podendo resultar no fechamento de empresas e na perda de postos de trabalho, bem como queda na arrecadação das prefeituras. O Conselho, inclusive, já tem trabalhado para sensibilizar os prefeitos da região e, consequentemente, a Alerj.
“Após reuniões realizadas em Nova Friburgo com representações locais, conseguimos impedir, por enquanto, que as pautas fossem aprovadas. Temos usado nossa representatividade para ajudar a economia e a geração de recursos para o estado e para a nossa região, que reúne 12 municípios", ressaltou Márcia.