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Futuros Possíveis 2025 debate conceito dos gêmeos digitais humanos e futuro da indústria em fibras

A pesquisadora e futurista Ghislaine Boddington

A pesquisadora e futurista Ghislaine BoddingtonFoto: Vinícius Magalhães | Firjan

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Publicado em 28/10/2025 11:36  -  Atualizado em  04/11/2025 17:14

Como será viver num futuro em que cada pessoa terá um “eu digital” crescendo ao seu lado, aprendendo, sentindo e espelhando quem é? Essa foi a provocação central da palestra “Futuros Eus Datificados: Internet dos Corpos”, apresentada pela pesquisadora e futurista Ghislaine Boddington no segundo dia do Festival Futuros Possíveis 2025, em 24/10.

Pioneira global no campo da tecnologia guiada pelo corpo, Boddington levou o público a refletir sobre o impacto da fusão entre biologia e inteligência artificial na formação de novas identidades humanas. Em sua fala, destacou o conceito de “gêmeos digitais humanos” — duplos virtuais, aprimorados por biometria e IA, capazes de evoluir conosco do nascimento até depois da morte.

“Nossos corpos se tornaram a interface do mundo. Estamos entrando numa era em que o físico e o virtual convergem, e nossos dados corporais são parte essencial dessa transformação”, afirmou. Com formação em dança e artes performáticas, Ghislaine trouxe uma perspectiva sensorial e poética à discussão tecnológica.

Desde os anos 1990, ela pesquisa a relação entre corpo, dados e presença digital, participando de experiências pioneiras de telepresença e performances interativas que conectavam artistas de diferentes partes do mundo. Na palestra, Boddington apresentou também o projeto especulativo “My AI Hybrid Biotwin”, uma investigação sobre a criação de gêmeos digitais personalizados, capazes de aprender, colaborar e até continuar existindo após a morte de seu “original”.

“Não se trata de clones ou assistentes virtuais, mas de parceiros simbióticos — co-criadores da vida, reflexos autênticos de quem somos”, explicou. A artista defende que a inovação tecnológica deve ser centrada no humano, baseada em confiança, empatia, transparência e respeito à dignidade. Para ela, o futuro da inovação não está apenas na próxima grande ferramenta, mas na próxima grande relação: a que cada pessoa estabelecerá com seus próprios dados.

“A tecnologia deve enriquecer nossa curiosidade, apoiar nosso bem-estar e ampliar nossa capacidade de criar. Só assim poderemos falar de um futuro verdadeiramente humano”, concluiu.

O ultimo dia do Futuros Possíveis 2025 reuniu palestras, painéis e oficinas que exploraram a convergência entre inovação, tecnologia, biologia, arte e liderança regenerativa, com destaque para os debates sobre sustentabilidade, criatividade e o futuro do corpo humano na era digital.

A abertura contou com a palestra “O Papel da Inovação em Fibras no Futuro da Indústria”, com Eric Cardona Romani, que abordou o potencial das fibras sustentáveis e de alto desempenho na transformação de setores como moda, saúde, construção e mobilidade — em sintonia com o Planejamento Estratégico 2030 da Divisão de Fibras da Firjan.

Entre os painéis de destaque, “Novos paradigmas para liderar em sistemas complexos” discutiu os fundamentos da Neoliderança, que integra inovação, consciência e regeneração diante das incertezas do mundo contemporâneo; enquanto “Biotecnologia na mesa” apresentou soluções alimentares inovadoras, como carne cultivada, micélio e ingredientes alternativos sustentáveis.

“Códigos do Tempo” debateu o convívio entre gerações na construção de organizações mais inclusivas e criativas; e “Mentes, Máquinas e Matéria” reuniu artistas e cientistas para refletir sobre a criação compartilhada entre humanos, máquinas e organismos vivos.

O painel “Como a IA generativa está reinventando a arte visual” explorou os impactos da tecnologia na autoria e na originalidade; enquanto “Cidades (Re)conectadas” abordou os desafios de projetar centros urbanos inteligentes e humanos, voltados à convivência e ao bem-estar.

As oficinas promoveram experiências práticas de futuro: desde a criação de soft robots e biocomputadores criativos até dinâmicas de imaginação coletiva e jogos de futuros possíveis. Outras atividades exploraram a diversão como tecnologia emocional, convidando o público a refletir e criar de forma lúdica e sensorial.

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