Principalmente a partir da epidemia da Covid-19, ganhou força o desafio de identificar, estudar e formular políticas para enfrentar novas questões referentes aos espaços públicos. Em 03/09, o Diálogos da Inovação trouxe para o debate o “Placemaking – o desafio de revitalizar as cidades”, com especialistas da Suécia e do Brasil.
Esse conceito consiste em planejar espaços públicos de qualidade que possam contribuir para o bem-estar da comunidade local, conforme pontuou Antônio Pedro Lima, analista sênior de Ambientes de Inovação da Firjan e mediador do evento. A série Diálogos da Inovação é uma iniciativa da Firjan com a Faperj e nesta edição contou com a parceria do Consulado da Suécia.
Mats-Ola Larsson, especialista ambiental sênior e gerente de projetos do IVL Swedish Environmental Research Institute em Gotemburgo, Suécia, compartilhou experiências e deu exemplos de transportes sustentáveis na Suécia. Um dos cases citados foi uma rua para caminhadas, onde carros e pedestres convivem, mas com um detalhe: a velocidade do veículo precisa ser igual à das pessoas.
“Focamos em acessibilidade para todos os grupos, ambiente, sustentabilidade, igualdade e equidade. E, como é impossível criar estradas e rodovias para todos os veículos, então, é mais aceitável hoje em dia fazer misturas mais seguras”, destacou Larsson, que também defendeu vias em que carros trafeguem na mesma velocidade das bicicletas, para que possam dividir o mesmo espaço.
Para Washington Fajardo, secretário municipal de Planejamento Urbano do Rio de Janeiro, o placemaking tem valor importante quando implica na possibilidade de interação da sociedade, designers e governos, para melhoria da cidade.
“Como processo de interação e diálogo, o placemaking é viável no ambiente digital, no processo de participação digital. Estamos hoje muito dedicados a poder dar uma flexibilidade de uso do solo na área central da cidade do Rio de Janeiro, dominada por edifícios de escritórios, para que passe a ter mais função residencial”, ressaltou Fajardo.
Segundo acrescentou, o programa Reviver Centro começou no início do ano com a utilização de recursos digitais, como plataformas de consultas públicas de maneira colaborativa, e já possui hoje mais de 8 mil participantes.
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