<img height="1" width="1" style="display:none;" alt="" src="https://px.ads.linkedin.com/collect/?pid=4124220&amp;fmt=gif">
Portal Sistema Firjan
menu

Notícias

Firjan

Estudo da Firjan mostra potencial de mitigar emissão de gases de efeito estufa no RJ com a reciclagem

Foto: Paula Johas

Tempo médio de leitura: ...calculando.

Publicado em 05/11/2025 10:56  -  Atualizado em  05/11/2025 16:13

O Estado do Rio de Janeiro aterra, anualmente, 2,5 milhões de toneladas de resíduos pós-consumo com potencial de reciclagem, como mostrou a edição 2025 do Mapeamento de Recicláveis Pós-Consumo da Firjan. Além de evitar o desperdício econômico e o impacto ambiental, a reintrodução desses materiais em processos produtivos poderia contribuir para a descarbonização do estado. Levantamento da Firjan indica que poderiam ter sido evitadas, somente no ano de 2023 (ano-base do estudo), as emissões de pelo menos 3 milhões de toneladas de carbono no estado, caso o papel e papelão, plástico, metal e vidro aterrados tivessem sido reciclados.

Essa é uma das conclusões da estudo Oportunidade de redução de emissões de gases de efeito estufa no Estado do Rio de Janeiro com a reciclagem de resíduos pós-consumo, produzido pela Firjan e que trata de um dos temas centrais das discussões sobre mudança climática que acontecem a partir de 10/11, na COP30, em Belém. Trata-se de mais uma ação da Firjan para promover informação qualificada sobre a agenda da COP30.

Para garantir uma compreensão mais ampla sobre as emissões de GEE que estarão em pauta na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025, a Firjan, explica a origem dos gases, mostra os impactos no meio ambiente, os possíveis benefícios e prejuízos, além das principais estratégias para mitigar causas e efeitos. 

Para ilustrar a relevância dessa oportunidade de mitigação, a quantidade de emissões que deixariam de ocorrer, anualmente, com a reciclagem equivale ao processo de fixação do carbono por 21 milhões de árvores em, no mínimo, 12 mil hectares plantados (ou 12 mil campos de futebol). A título de comparação, o impacto positivo da reciclagem no estado para o clima equivale à compensação de carbono feita por uma floresta equivalente em tamanho ao município de Niterói

O Estado do Rio de Janeiro ocupa a 15ª posição no ranking de maiores emissores de gases de efeito estufa (GEE) do país, segundo dados obtidos no Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (SEEG). A segunda categoria que mais emite GEE no estado é a que engloba o setor de tratamento de resíduos sólidos e efluentes líquidos, representando 17,6% - total de 12 milhões de toneladas de gases de efeito estufa equivalente (tCO2 eq) em 2023. 

Acesse a página especial da Firjan sobre a COP30

“Não existe uma bala de prata para diminuir a emissão de gases, ou seja, uma solução única. As soluções dependem muito de cada processo e é preciso utilizar iniciativas diferentes para setores, empresas e localidade diferentes. Essa é a complexidade do processo. A reciclagem tem potencial muito importante para beneficiar diversos setores na descarbonização e deve ser destacada”, avaliou Renata Rocha, especialista em Sustentabilidade Corporativa da Firjan. 

A descarbonização se caracteriza quando processos semelhantes ou os mesmos processos estão sendo realizados com menos emissão. Isso significa estar sendo mais eficiente nas suas emissões. “Uma indústria descarboniza quando sua taxa de uso de carbono ou sua taxa de emissão de carbono no processo está diminuindo”, esclarece a especialista, que também é assessora técnica do Conselho Empresarial ESG da Firjan.

A reciclagem, além de contribuir de forma importante para a economia e para o desenvolvimento social, também atua como uma aliada no enfrentamento das mudanças climáticas. Ao priorizar essa prática, evitamos emissões indiretas associadas à produção de novos materiais virgens — como vidro, metais e plásticos — processos que demandam alto consumo de energia, substituindo-os por resíduos que passam a ter valor como matéria-prima secundária. No caso do papel e papelão, a reciclagem também evita emissões diretas de gases de efeito estufa que ocorreriam com a decomposição desses materiais em aterros.

Clique aqui e acesse a íntegra do estudo

Realidade nas empresas

Para o setor empresarial, é fundamental compreender e identificar as fontes de emissão de gases de efeito estufa para poder adotar medidas efetivas de redução de emissões. Atualmente, algumas legislações já exigem que as empresas realizem o inventário de gases de efeito estufa, um relatório anual que mede e registra a quantidade de emissões geradas por suas operações. O inventário é a etapa inicial na jornada corporativa rumo à mitigação das mudanças climáticas. Essa prática permite monitorar os impactos e desenvolver estratégias para reduzi-los.

“É por meio dessa identificação e organização dos dados que as empresas conseguem entender seu papel e adotar medidas efetivas de redução de emissões. Se a indústria realizar ações para reduzir a conta de energia, por exemplo, além de obter ganho financeiro, vai contribuir para mitigar os efeitos das mudanças climáticas, com a menor quantidade de gases emitidos”, afirma Renata. 

Uma das opções pode ser trocar geradores ou caldeiras movidos a diesel por uma tecnologia que use biomassa, uma energia renovável, que não terá uma emissão de carbono tão intensa quanto os movidos a combustível fóssil.

Explicando a questão

“O aumento dos gases funciona como se estivéssemos botando um cobertor em cima de outro na terra, retendo cada vez mais essa radiação solar, diminuindo a quantidade que é liberada para o espaço. Dessa forma, há uma potencialização desse efeito estufa, com o aquecimento médio da temperatura do planeta”, esclarece Renata.

Pela primeira vez desde as metas estabelecidas no Acordo de Paris, a ONU projeta uma queda nas emissões globais de GEE. Segundo o mais recente relatório das Nações Unidas sobre o tema, divulgado em 28/10, as emissões globais de gases de efeito estufa devem começar a cair antes de 2030. Apesar da tendência de redução, o ritmo ainda é considerado insuficiente para conter o aumento da temperatura média do planeta em 1,5°C. 

 
Para Empresas
Competitividade Empresarial Educação Qualidade de Vida