Neste 16 de outubro, Dia Mundial do Pão, a Firjan divulga levantamento que faz uma revisão sobre dados nacionais e fluminenses a respeito da representatividade do setor para a economia. A partir de informações do estoque de trabalhadores de 2021 e da geração de empregos recentes, estima-se que, em 2023, o segmento tenha atingido 479 mil trabalhadores formais por todo o país, patamar histórico para o setor. Em comparação ao ano de 2013, houve um crescimento de mais de 63 mil trabalhadores, o que equivale a um aumento de 15,2%. Já o estado do Rio, registra 41,4 mil empregados formais no setor em 2023, o que responde a 8,6% do mercado de trabalho nacional de Panificação. Isso deixa o Rio atrás apenas de São Paulo (29,8%) e de Minas Gerais (14,6%).

O panorama ainda destaca números de 2021 da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), do Ministério do Trabalho e Emprego. O setor da Panificação contava com 65,7 mil estabelecimentos, distribuídos entre 4.194 municípios brasileiros. Isso significa que 75,3% das cidades possuem empresas formalizadas cuja atividade principal é a fabricação de produtos de Panificação. No estado do Rio de Janeiro, são 5,2 mil empresas do ramo, com a liderança da capital (1.857), seguida pelos municípios de Campos dos Goytacazes (217), Duque de Caxias (214), Niterói (192) e São Gonçalo (176).

Confira dados nacionais e estaduais sobre a Panificação

O pão francês ainda é nosso principal produto, o que mais nos rentabiliza. Fernanda Hipólito, presidente do Rio+Pão.

De acordo com levantamento do primeiro semestre de 2023 da Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria (Abip), o pão é consumido por 76% dos brasileiros durante o café da manhã e as padarias continuam sendo frequentadas pelos consumidores. Por isso, é preciso investir tanto na qualidade quanto na exposição dos produtos. “O pão francês ainda é nosso principal produto, o que mais nos rentabiliza. Porém, hoje, é preciso investir cada vez mais em tecnologia, em um bom espaço para vendas, em embalagem, em comunicação. Esses são desafios constantes”, afirma Fernanda Hipólito, presidente do Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria do Município do Rio de Janeiro, o Rio+Pão, empresária e sócia das padarias e confeitarias Panetteria São Francisco e Flor da Tijuca, localizadas na zona norte da capital.

Formação de mão de obra

“Não existe padaria sem padeiro. É fundamental capacitar aqueles que estão no mercado e atrair os jovens. O que temos feito, junto à Firjan, é a manutenção de cursos, inclusive gratuitos, de formação de padeiros e confeiteiros. Essa é a nossa forma de garantir uma mão de obra especializada”, ressalta Paulo Diniz, presidente do Grupo Alimenta Sul Rio e proprietário da Fábrica de Sabores Madrigal, localizada em Volta Redonda.

Não existe padaria sem padeiro. É fundamental capacitar aqueles que estão no mercado e atrair os jovens. Paulo Diniz, presidente do Grupo Alimenta Sul Rio.

Por isso, a Firjan SENAI e os sindicatos patronais têm oferecido cursos de qualificação profissional, especialização e aperfeiçoamento e aprendizagem industrial nas unidades espalhados por todo o estado do Rio. No primeiro semestre de 2023, foram 737 matrículas realizadas em turmas voltados para a formação de padeiros, mestres padeiros, auxiliares de padarias, entre outros postos. A expectativa é que mais de 400 profissionais e estudantes procurem a Firjan SENAI ao longo do segundo semestre do ano.

Cursos oferecidos pela Firjan SENAI no ano de 2023

Acesse as vagas oferecidas em cursos na Firjan SENAI

A empresária Maria Botelho, da padaria Superpão, localizada em Nova Friburgo, corrobora com a importância do investimento em formação de profissionais. “Atualmente, a mão de obra é uma das nossas maiores necessidades”, destaca Maria. Ela também percebe o aquecimento do setor após o período pandêmico, assim como Vinicius Cunha, diretor do Sindicato das Indústrias de Alimentação de Nova Friburgo (Sindanf) e dono da Art Pão, da mesma cidade serrana. “A crescente demanda por produtos caseiros, no período pós-pandemia, impulsionou as vendas em muitas padarias. Além disso, existe forte tendência de os consumidores procurarem por alimentos mais confortáveis e familiares”, finaliza Cunha.

Saiba mais sobre o setor de Panificação e Confeitaria e a Firjan