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Firjan SESI oferece até R$ 3 mil a alunos do Ensino Médio em situação de vulnerabilidade social

Programa exige percentual mínimo de presença em aula, entre outros critérios

Programa exige percentual mínimo de presença em aula, entre outros critériosFoto: Divulgação

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Publicado em 01/10/2025 09:59  -  Atualizado em  01/10/2025 15:46

Como parte das ações de combate à evasão do Ensino Médio – propostas num estudo da Firjan SESI em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) –, a Firjan SESI implementou o programa “Dever de casa”, um auxílio-financeiro que vai somar um total R$ 3 mil por aluno até o fim do ano letivo. A iniciativa contempla 733 jovens em situação de vulnerabilidade social matriculados no Ensino Médio das escolas Firjan SESI de todo o estado do Rio – cujo desempenho no último Enem levou 60 alunos a passarem nos três primeiros lugares em universidades públicas diversas, como UFF e UFRJ.

O benefício já está sendo creditado na conta bancária de titularidade do próprio estudante que, para participar, deve ter a família registrada no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) e no Programa Bolsa Família. Para permanecer no Dever de Casa, também é necessário que o estudante tenha um percentual mínimo mensal de 80% de frequência escolar; aprovação integral na série (sem recuperação); nota mínima de 60% em todas as disciplinas curriculares (incluindo os cursos técnicos); entre outras ações. Ao longo do ano, o jovem receberá um total de R$ 2 mil, em parcelas ao longo dos meses letivos, além de uma parcela única de R$ 1 mil em dezembro referente à aprovação na série cursada, num total de R$ 3 mil.

“Esta é mais uma das iniciativas da Firjan SESI, e uma das mais importantes, para combater a evasão escolar no Ensino Médio, uma tragédia silenciosa que amplifica desigualdades sociais e impacta a economia brasileira Estamos falando de centenas de famílias fluminenses que poderão ter um pouco mais de estabilidade no presente, para que o jovem consiga construir seu futuro com maior tranquilidade”, disse o presidente da Firjan, Luiz Césio Caetano.

Um exemplo das dificuldades por que passam alguns estudantes – e da superação necessária – é Samuel da Silva Alexandre, de 19 anos. Morador de Campo Grande, ele conseguiu, há três anos, uma bolsa de 100% de gratuidade na Escola Firjan SESI Laranjeiras. À época com 15 anos, nunca tinha sequer pensado em sair sozinho de seu bairro – mas o maior desafio foi outro: pagar os R$ 21 necessários diariamente para a passagem.

“Meu pai teve de justificar minhas faltas várias vezes, pois precisávamos usar o dinheiro para pagar contas. Eu também precisava levar marmita, mas muitas vezes azedava – e tive a sorte de fazer grandes amigos que dividiam suas refeições comigo. Ficava com vergonha de pedir ao meu pai, pois seriam mais R$ 20, né. Às vezes ele tinha, mas eu preferia guardar para garantir a passagem quando faltasse”, contou Samuel, que acordava às 4h para conseguir chegar no horário na escola, onde às vezes ficava até 23h estudando para o vestibular – e acabou passando para Engenharia de Produção na Uerj ZO, oitava profissão com maior salário inicial, segundo estudo da Firjan.

Vinícius Cardoso, diretor de Educação e Cultura da Firjan SENAI SESI, ressaltou a importância da educação no combate às desigualdades sociais. “Embora tenhamos um índice de evasão relativamente baixo, fruto de outras iniciativas, como a qualidade do ensino, a estrutura escolar, a pedagogia orientada a projetos, entre outras; o programa ‘Dever de Casa’ será uma adição fundamental ao nosso repertório, ratificando o compromisso da instituição com a educação de seus alunos, com a Indústria e com toda a Sociedade”, disse.

Combate à evasão escolar

Apenas 6 em cada 10 brasileiros concluem o Ensino Médio até os 24 anos (60,3%), enquanto no Chile chega a 93,4%. O índice brasileiro é ainda mais baixo entre os estudantes de menor renda: apenas 46% dos jovens do quinto mais pobre da população concluem o ensino médio até os 24 anos, enquanto entre os mais ricos esse número ultrapassa 94%.

Vinícius Mano, gerente de Educação Básica da Firjan SESI, reforçou a importância da iniciativa. “O apoio financeiro é uma das estratégias mais eficazes identificadas no estudo sobre a evasão escolar, ao lado de outras já empreendidas pela Firjan SESI como o ensino técnico integrado, a ampliação do tempo de permanência na escola e ações de incentivo à participação ativa dos alunos, como vemos acontecer nas aulas e competições de robótica”, disse.

A parceria da Firjan SESI com o PNUD também identificou os principais obstáculos e reuniu quase 100 experiências nacionais e internacionais de referência no combate à evasão. Entre as barreiras está a desigualdade social e a ausência de políticas de permanência escolar, e entre os projetos para combater a evasão está justamente a oferta de apoio financeiro aos estudantes em situação de vulnerabilidade – iniciativa esta que, agora, está sendo implementada pela Firjan SESI.

 
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