“Adiar o início da redução da Selic significa afastar ainda mais o país de suas potencialidades econômicas. Os juros elevados adicionam um entrave relevante a um ambiente de negócios já pressionado pela instabilidade internacional e por desafios estruturais de competitividade no mercado interno”, avalia o economista-chefe da Firjan, Jonathas Goulart, diante da decisão do Comitê de Política Econômica (Copom) de manter a taxa básica de juros em 15%, em sua última reunião do ano.
Goulart ressalta que a manutenção da Selic nesse patamar ocorre justamente em um momento em que os indicadores econômicos já apontam desaceleração da atividade. Exemplos desse cenário são a produção industrial, que segue com baixo dinamismo; a confiança empresarial que permanece enfraquecida; e o mercado de trabalho apresentando sinais crescentes de acomodação, especialmente na indústria.
Diante desse cenário, a Firjan entende que as condições para iniciar um ciclo gradual de redução dos juros já estavam postas à mesa, sem risco ao processo de desinflação.