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Consumo de gás natural pode aumentar dez vezes no Rio de Janeiro num horizonte de dez anos

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Publicado em 18/05/2021 18:04  -  Atualizado em  18/06/2021 18:11

Em mapeamento exclusivo de uma região industrial fluminense, o consumo atual de gás natural pela indústria corresponde a um volume superior a 680 mil m³/dia. Conforme o “Perspectivas do Gás no Rio 2021”, estudo da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), essa demanda poderá duplicar nos próximos cinco anos. Lançada em 18/5, a publicação indica ainda que, apontando para o horizonte de dez anos, a necessidade de gás natural pode crescer em mais de 10 vezes na comparação com o atual volume de consumo.

Na abertura do evento on-line de lançamento, o presidente Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira destacou que o Rio de Janeiro continuará como ponto de partida para o avanço do gás natural do país. Ele afirmou que o novo marco legal traz novas possibilidades para o crescimento da demanda do energético, mas lembrou que ainda há muitas medidas complementares a serem adotadas para a expansão do mercado.

Hélio da Cunha Bisaggio, superintendente da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, informou que a ANP espera conceder 20 novas autorizações de importação de gás natural até o fim do ano. "Esse novo mercado já está acontecendo desde o lançamento do edital da primeira chamada pública da TBG - responsável pelo gasoduto Brasil-Bolívia - no modelo de entrada e saída, o que já impulsionou enormemente o interesse dos agentes no mercado de gás", afirmou.

Este ano, uma das novidades da quarta edição da publicação é que o documento vem acompanhado com uma plataforma Power BI com dados dinâmicos apontando diversas projeções, dados e gráficos para o energético no mercado fluminense e no país. Estes dados serão atualizados constantemente ao longo do ano, sempre que houver uma atualização dos órgãos do mercado. Acesse a plataforma neste link. Esta página também apresenta o Mapa de Gás Natural no Rio, a partir do Google Maps, com as rotas dos gasodutos no país e no Rio de Janeiro.

Dados do mercado do gás

O estudo da federação destaca também que, enquanto a produção de gás no Rio cresceu quase três vezes nos últimos 10 anos, os volumes reinjetados dispararam em um ritmo muito maior: aumentaram mais de 80 vezes em comparação aos volumes de consumo de gás natural no país em 2020. Além disso, o consumo de gás natural no estado dentro do chamado mercado não termoelétrico teve queda de 11% em relação ao volume de pico demandado no ano de 2019.

Para além da demanda das termelétricas, o “Perspectivas do Gás no Rio 2021” destaca também que em relação à oferta é fundamental a finalização e entrada em operação do gasoduto Rota 3 e da UPGN2 do polo Gaslub Itaboraí (antigo Comperj), previstos para 2021. O gás escoado pela Rota 3 será processado e conectado à malha de gasodutos de transporte da NTS.

De acordo com o documento, esses investimentos são importantes para ampliar a disponibilidade dos volumes produzidos nos dois principais campos produtores de gás natural do país, Tupi e Búzios. Juntos, essas duas áreas foram responsáveis pela reinjeção de cerca de 40 milhões de m³/dia em 2020. O volume supera em 45% as importações no mesmo ano.

Leia também: Perspectivas do Gás no Rio 2021 é lançado em live com principais agentes do mercado

Já sobre novas rotas de gás, o estudo avalia também que o Porto de Itaguaí é um destino potencial para o Rota 4, o que poderia tornar a região em mais um hub de gás, conforme o Plano de Negócios 2021, da Companhia Docas do Rio de Janeiro (CDRJ). Também no Porto do Açu, outro ponto estratégico do estado do Rio, projetos de termelétricas utilizando gás natural (via GNL) também estão se tornando realidade, e vão além na diversificação do consumo, com projeto interessante para o segmento de fertilizantes, por exemplo.

O estudo da Firjan também avalia a questão dos preços do gás natural no mercado. Apesar da queda em um primeiro momento de pandemia no ano de 2020, o valor do gás no Rio de Janeiro em R$/m³ quase duplicou nos últimos nove meses. Atualmente, o preço do gás industrial praticado pela CEG-Rio no estado do Rio de Janeiro gira em torno de 1,9 R$/m³.

O documento traz ainda os artigos da ABiogás (Associação Brasileira de Biogás), sobre o potencial de biogás no estado do Rio; e da ABRACE (Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais e de Consumidores Livres) sobre o ranking da regulação dos estados. O estudo tem o apoio institucional da ATGás – Associação de Empresas de Transporte de Gás Natural por Gasoduto.

Além de Eduardo Eugenio e Hélio da Cunha Bissagio, participaram da transmissão on-line a diretora da EPE, Heloisa Borges. O evento contou ainda com a presença do vice-presidente da ABiogás, Gabriel Kropsch; do diretor-presidente da ATGás, Rogério Manso; do presidente da ABRACE, Paulo Pedrosa; da diretora-executiva de Gás Natural do IBP, Sylvie D’Apote. Além da apresentação técnica da gerente de Petróleo, Gás e Naval da Firjan, Karine Fragoso, e do coordenador de Relacionamento Estratégico em Petróleo, Gás e Naval da federação, Fernando Montera.

Assista abaixo a íntegra do lançamento do Perspectivas do Gás no Rio 2021.

 
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