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Conselho ESG da Firjan discute economia circular com representante do MDIC

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Publicado em 18/07/2025 09:38  -  Atualizado em  18/07/2025 10:31

Economia circular, conceito que pretende reduzir o desperdício e prolongar a vida útil dos produtos por meio de reutilização e reciclagem, foi o foco da reunião do Conselho Empresarial ESG, nesta quinta-feira (17/7). As convidadas foram Sissi Alves da Silva, diretora de Novas Economias do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), que apresentou o Plano Nacional de Economia Circular; e Maria Luíza Fernandes, executiva da Ambipar, que detalhou um case sobre o tema.
 
Claudia Guimarães, vice-presidente do Conselho ESG, chamou a atenção para a importância do tema. “Atualmente, estamos passando por muitas mudanças regulatórias, com vários desafios. Esse é um momento para revisitarmos o que está acontecendo, tirar dúvidas, trocar informação e conhecer as melhores práticas das empresas participantes, representadas neste conselho empresarial”, analisou.
 
Sissi da Silva explicou que o Plano Nacional de Economia Circular (PNEC), previsto para os próximos 10 anos, foi dividido em cinco eixos com macro-objetivos, que atuam com colideranças, formadas por um órgão ou entidade governamental e um representante da sociedade civil. O primeiro, por exemplo, estabelece metas, padrões e indicadores quantificáveis para monitorar a circularidade, além de tratar da articulação com outras políticas públicas e compromissos internacionais, informou a diretora, após destacar que ainda não há um diagnóstico nacional setorial.
 
“Sabemos que é uma mudança mental, as pessoas precisam ser preparadas nesse novo modelo, senão vamos continuar pensando de forma linear. Vamos incentivar a pesquisa e o desenvolvimento, a promoção da circularidade e lançar as chamadas públicas, para fomento tanto das instituições de ciência e Tecnologia (ICTs), como empresas, relacionadas a diversas temáticas da economia circular”, ressaltou Sissi, acrescentando que será criado um Programa Nacional de Simbiose Industrial, facilitando a troca de produtos e coprodutos entre as empresas e os setores.

A diretora adiantou que as colideranças estão trabalhando para detalhar e priorizar as ações do plano, que devem ser apresentadas no início de agosto. Os eixos do programa de Economia Circular têm objetivos como criar ambiente normativo e institucional favorável; fomentar a inovação, cultura, a educação e a geração de competências para reduzir, reutilizar e promover o redesenho circular da produção; criar programas de capacitação para as empresas; reduzir a utilização de recursos e a geração de resíduos, de modo a preservar o valor dos materiais; propor instrumentos financeiros de auxílio à economia circular e articular o envolvimento de trabalhadores do setor.
 
Claudia destacou ainda que o acolhimento da temática de economia circular dentro do MDIC, na pasta de novas economias, mostra que a pauta é uma política de desenvolvimento do setor produtivo ao mesmo tempo em que se tem diversos ganhos ambientais. "Isso é um forte sinal de que o momento é oportuno para que se abram caminhos para novos modelos de negócios alinhados à circularidade. O PNEC apoia a Nova Indústria Brasil, plano de neoindustrialização do país, a qual a Firjan está alinhada. A abertura do ministério ao diálogo com a indústria é fundamental para avançarmos juntos em sustentabilidade", explicou.

Maria Luíza Fernandes, executiva de Contas de Papel e Celulose da Ambipar, empresa líder global em soluções ambientais, apresentou o case Ecosolo, um condicionador de solo criado a partir de cascas de madeira e lodo das indústrias de papel e celulose. O produto, que compete com o de empresas de fertilizantes, possui benefícios ambientais, à medida que reaproveita resíduos que iriam para aterros sanitários.
 
“Entre as vantagens percebidas do EcoSolo, estão a melhora da estrutura do solo e a porosidade, que cria um ambiente melhor para raízes das plantas; aumenta a infiltração e permeabilidade à umidade, além de aumentar a capacidade de retenção de umidade, o que é muito bom para pequenos agricultores porque você diminui a frequência de irrigação do solo. O produto também auxilia na proliferação de microrganismos benéficos ao solo”, complementou a representante da empresa.

"O case da Ambipar mostra como é possível a cooperação e estruturação de redes de valor dentro da perspectiva da economia circular, demonstrando que é realidade a construção de soluções em que diferentes elos e atores se beneficiam, ainda gerando impacto ambiental positivo", finalizou a vice-presidente do Conselho.

 
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