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Conselho de Mulheres debate liderança em startups e empreendedorismo como estratégia climática

Foto: Divulgação/Firjan

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Publicado em 27/11/2025 15:57  -  Atualizado em  27/11/2025 16:57

O Conselho Empresarial de Mulheres da Firjan realizou, nesta quarta-feira (26/11), uma reunião marcada por relatos inspiradores, inovação e projetos de transformação social liderados por mulheres. A presidente do Conselho, Carla Pinheiro, destacou os desafios enfrentados por mulheres que lideram startups, especialmente na busca por investimento. Segundo ela, as rodadas de negócios ainda contam com expressiva participação masculina. 

“Um retrato persistente da desigualdade de gênero no ecossistema de inovação. É desafiador para uma startup liderada por mulheres ganhar espaço. Quando duas mulheres chegam sozinhas para apresentar uma ideia, um produto ou um serviço, elas encontram muito mais barreiras. Isso precisa ser enfrentado com coragem”, avaliou Carla, que também é diretora da Firjan.

Para a empresária, a inovação feminina existe e é forte. “O que falta é o ecossistema reconhecer e apoiar essas startups com a mesma seriedade que apoia os homens. Precisamos continuar abrindo portas para que mais mulheres possam empreender e escalar seus negócios, sem precisar provar duas ou três vezes mais do que qualquer homem”, disse, apresentando o painel “Revolução do networking: Konne App & lideranças femininas na indústria”, com as empreendedoras Tássia Galvão e Rafaela Guerrante.

As duas são responsáveis pelo desenvolvimento do Konne, um aplicativo de networking por geolocalização. Rafaela destacou a importância do apoio mútuo entre mulheres, contou sobre sua trajetória de 23 anos na área de propriedade intelectual e relembrou como sua atuação em redes de mulheres desde 2018 a aproximou de Tássia, sua sócia.

“O Konne nasceu da necessidade de criar conexões reais, rápidas e espontâneas. Muitas vezes, a solução que buscamos está exatamente ali, na pessoa ao nosso lado. Nosso objetivo é tornar o networking mais acessível para mulheres, para que elas encontrem apoio, oportunidades e parcerias sem depender de estruturas tradicionais que muitas vezes as excluem”, explicou Tassia.

A empreendedora contou que a Konne está num momento crucial de validação do MVP (Produto Mínimo Viável). “Cada contribuição, sugestão e uso real do aplicativo nos ajuda a fortalecer o negócio e provar que ele faz diferença na vida das mulheres. As redes femininas mudaram minha trajetória. Por isso acredito tanto em criar um mecanismo que amplifique essas conexões”, definiu.

Rafaela acrescentou que “validar um MVP sendo uma startup feminina é muito mais difícil. Por isso dependemos tanto desses espaços e do apoio de outras mulheres para construir cases reais. Queremos que o Konne ajude mulheres a se encontrarem, colaborarem e acelerarem juntas. O networking não é um detalhe. É uma ferramenta estratégica para ocupar espaços de liderança”.

Na segunda parte da reunião, Beatriz Delgado, coordenadora do Instituto Elabora Social, apresentou o projeto “Biojoias e empreendedorismo feminino na COP30”. Ela explicou que o instituto atua exclusivamente com mulheres, oferecendo formação profissional em ourivesaria em parceria com a Firjan SENAI SESI Maracanã, promovendo a diversidade e a inclusão no segmento de joias e bijuterias.

Acesse a página especial da Firjan sobre a COP30

O curso, referência nacional, já formou duas turmas e alcançou 100% de empregabilidade na primeira delas, com ex-alunas contratadas por joalherias como Monte Carlo e Antônio Bernardo ou impulsionadas a desenvolver seus próprios negócios. Além da formação técnica, o Elabora mantém uma frente de empregabilidade, oferecendo preparo para entrevistas, estruturação de currículos e articulação direta com empresas do setor.

O instituto foi convidado pela Federação das Indústrias do Pará (Fiepa) para integrar ações na COP30, em Belém, levando um projeto de biojoias produzidas com materiais característicos da Amazônia, como sementes de açaí e jarina, escamas de peixe, madeira certificada e cerâmicas tradicionais.

“Levamos para a COP30 um trabalho que nasceu no Rio, mas que hoje dialoga com a Amazônia. As biojoias mostram a riqueza dos materiais da floresta e fortalecem mulheres artesãs, quilombolas e ribeirinhas. A Amazônia oferece uma diversidade imensa de insumos encontrados na região e sem precisar extrair nada da natureza. É sustentabilidade aplicada na prática”, contou Beatriz.

De acordo com a coordenadora, é possível ver a potência que existe nesses territórios. “Muitas mulheres que foram para COP30 nunca tinham saído de suas comunidades. A participação delas é mais que simbólica; é um reconhecimento de que são protagonistas. Quando uma mulher aprende um ofício e conquista renda própria, não muda só a vida dela. Muda a vida da família e da comunidade. É uma transformação que se multiplica”, destacou.

Carla Pinheiro, que visitou a exposição da Fiepa na COP 30, destacou, por fim, o reconhecimento enviado pelo presidente da Fiepa ao da Firjan, Luiz Césio Caetano, ressaltando que o projeto iniciado no Rio rompe fronteiras e transforma vidas na Amazônia.

 
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