
Diogo Guillen, diretor de Política Econômica do Banco Central, e Júlio César Talon, novo presidente do Conselho Empresarial de Economia da Firjan.Foto: Vinicius Magalhães / Firjan
A reunião do Conselho Empresarial de Economia da Firjan, em 11/04, teve como convidado o diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Guillen, debatendo a conjuntura atual, as perspectivas da economia brasileira para 2025, política monetária e o cenário econômico mundial neste momento.
O novo presidente do Conselho, Júlio César Talon, abriu sua primeira reunião destacando a satisfação de presidir o Conselho de Economia e, também, a intenção de priorizar uma conexão entre os conselhos da Casa, como o de Infraestrutura e Relações Internacionais, por partilharem temas pertinentes ao ambiente econômico.
“Me coloco à disposição de todos os demais conselhos para que possamos caminhar e identificar pautas e junto ao corpo técnico da Firjan promover a defesa dos interesses da indústria fluminense”, ressaltou o empresário, também vice-presidente da Firjan CIRJ, enfatizando a necessidade de se falar sobre o momento atual da economia brasileira e, também, das perspectivas no cenário mundial.
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Reunião do Conselho de Economia da Firjan. Foto: Vinicius Magalhães / Firjan. |
Além desses assuntos prioritários, Diogo Guillen também falou sobre a pesquisa Firmus, do Banco Central, que tem como objetivo captar a percepção de empresas não financeiras sobre a situação de seus negócios e sobre variáveis econômicas que influenciam suas decisões. O levantamento é realizado trimestralmente e os resultados divulgados ao público, mas garantindo o sigilo e a confidencialidade das informações individuais das empresas.
“As percepções e as expectativas são elementos cruciais no processo de tomada de decisão das empresas não financeiras e devem ser levadas em consideração pelos bancos centrais, tendo em vista que influenciam a dinâmica da atividade econômica e da formação de preços de bens e serviços e, por conseguinte, a inflação”, explicou Diogo Guillen.
O diretor do BC argumentou que vive-se um momento de incertezas, fortalecido pelo tarifaço do governo americano e suas variações. “Há incertezas no câmbio, no petróleo, há incerteza global. Recentemente o Brasil até se beneficiou disso vendendo muita soja pra China. A métrica da incerteza pode ser medida pelas notícias dos jornais sobre política comercial. Neste momento, como contar com cadeias de produção que passam ou não pelos EUA?”, questiona, salientando que, diante deste quadro, começam ocorrer reduções de investimentos com esse choque tarifário e fica difícil traçar perspectivas para a economia em 2025.