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Conselho de Energia tira dúvidas sobre programa do governo de redução de demanda

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Publicado em 28/09/2021 11:41  -  Atualizado em  08/10/2021 09:24

Esclarecer as dúvidas dos industriais sobre o Programa de Redução Voluntária de Demanda (RVD), lançado pelo governo federal, foi o objetivo da reunião do Conselho Empresarial de Energia Elétrica da Firjan, em 24/09. “Estamos atrasados com a questão da redução da demanda. Nosso objetivo não é reduzir o consumo, mas deslocá-lo para um horário mais atrativo”, anunciou Rui Altieri, presidente da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). O objetivo é reduzir a pressão sobre o sistema, prefencialmente no horário de ponta - que varia de acordo com cada concessionária, mas em regra geral, costuma ser das 18h às 21h.

O RVD está aberto para consumidores livres ou agregadores que possam oferecer a partir de 5MW de energia por mês. Cesar Pereira, gerente executivo da área de Regulatório e Capacitação do órgão, afirmou que o programa já recebeu bastante ofertas. A iniciativa é liderada pelo Ministério de Minas e Energia (MME) e implementada pela CCEE e pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

A validade é até 30/4/22 e podem ser ofertados períodos de 4 e 7 horas em horários determinados pelo governo durante a semana. “O agente faz a oferta em um dos produtos. A oferta é mensal, pode escolher um dia da semana, se quiser, e avisa o preço que vai ofertar. Todos os consumidores que atuam no mercado livre, agentes da CCEE e agregadores podem participar”, explicou Pereira. O agente precisará reduzir pelo menos 80% do que ofertou e a verificação do atendimento é feita a cada hora. A linha base da média horária do consumo do último mês será considerada, sendo calculada uma curva de consumo diária que vale para todos os dias do mês seguinte, segundo detalhou Pereira.

Ao responder a José Luiz Alquéres, vice-presidente do Conselho de Energia, Pereira disse que o potencial de ofertas é alto, já que 30% do consumo do país está no mercado livre. Já Gabriela Beviláqua, business development da Enel X América Latina, citou o exemplo do programa que existe na Itália, onde conseguiram economia de 10% das cargas comerciais e industriais nos primeiros dois anos.

Presidente da Enel Rio, Ana Paula Pacheco salientou que hoje o ONS olha o custo de atendimento ao sistema. “Se aparece um consumidor que tem R$ 1,5 mil para atender, o ONS vai comprar desse consumidor, em vez de gerar uma térmica”. A executiva questionou o preço das primeiras ofertas. Altieri argumentou que, neste primeiro momento, o valor não está público, mas depois será revelado. “No momento, não aceitamos ofertas para o final de semana. O objetivo é passar pela crise hídrica em novembro/dezembro com horários mais atrativos, mesmo o empresário tendo custos associados, como os trabalhistas”, acrescentou Altieri.

Tatiana Lauria, assessora do Conselho, explicou que a federação está à disposição para tirar dúvidas dos associados. “Abrimos um caminho para o contato com os órgãos e empresas do setor para contribuir para a melhoria do programa”.

 
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