
Henrique Nora Jr (presidente do Fórum Setorial de Mineração), Eduardo Eugenio (presidente Firjan), Carlos Alberto Lancia (presidente Abinam), Luiz Césio Caetano (1º vice-presidente Firjan) e Marcelo Pacheco (sócio-diretor Água Mineral L'Aqua)Foto: Vinicius Magalhães
O aumento do consumo de água mineral entre os brasileiros – acima de 30% em 2022 diante do ano anterior — é motivo de entusiasmo para a indústria do setor e momento também de reforçar a política de preservação ambiental das fontes. A declaração é de Marcelo Pacheco, sócio-diretor da L’Aqua, que preside o 30º Congresso Brasileiro da Indústria de Águas Minerais Naturais, aberto nesta quarta-feira (13/9), na Barra da Tijuca, com patrocínio da Firjan SENAI e presença do presidente da Firjan, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, e do 1º vice-presidente, Luiz Césio Caetano.
“O Brasil detém expressivo percentual de reservas de toda a água doce do planeta e representa um cenário estratégico para os negócios envolvendo esse produto orgânico, sem aditivos e cada vez mais valorizado. A água é a bebida não alcoólica mais consumida no mundo e as demandas da sociedade contemporânea provocam e estimulam a indústria a cada vez mais oferecer qualidade e comunicar saúde nesse produto único”, comentou Pacheco na abertura do Congresso, que reúne em torno de 400 participantes entre técnicos e empresas do setor.
O apoio da Firjan às empresas de água mineral – através de diferentes ações como articulações para a implantação de um selo fiscal a fim de diminuir a informalidade e trazer mais organização ao setor, programas de melhoria de qualidade para certificação, oferta de um curso de educação executiva da Firjan IEL para profissionais da área e ações de defesa de interesses – foi destacada em discurso de Luiz Césio Caetano, 1º vice-presidente da federação. Lembrando que o Sindicato Nacional da Indústria de Águas Minerais (Sindinam) é associado à Firjan, Caetano enfatizou a importância das indústrias para a sustentabilidade, “o que inclui o setor de águas minerais, cuja atividade sempre contemplou um forte componente de preservação da natureza”.
“Antes mesmo da popularização da sigla ESG, essas indústrias já se dedicavam à manutenção ou preservação do meio ambiente no entorno das fontes. Os objetivos de desenvolvimento sustentável, da Agenda 2030 da ONU, levam o setor privado a se engajar em causas importantíssimas, que vão da promoção da inclusão social à resiliência frente às mudanças climáticas, incluindo melhoria da qualidade de vida da população, no que há uma inestimável contribuição da água mineral, para a saúde”, comentou Caetano.
Na solenidade de abertura, Carlos Alberto Lancia, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Águas Minerais (Abinam) e do Sindinam, lembrou que a água é um bem mineral, não apenas um recurso hídrico, antes de iniciar homenagens a pessoas que se destacaram por seu trabalho na indústria. José Ênio Manhães, diretor da Água Mineral Cascataí, com fábrica em Cachoeiras de Macacu, no Rio de Janeiro, recebeu o prêmio da indústria de empresário do ano por ter contribuído para o fortalecimento do setor, por ações sustentáveis e de inovação em prol da qualidade da água.
Ao longo dos três dias de congresso, que tem o tema Propriedades Minerofuncionais das Águas Minerais Naturais, haverá painéis e debates com análise sobre tendências e expectativas do mercado, uso de inteligência artificial na indústria, reciclagem de embalagens PET, a importância da implantação do selo ambiental, sanitário e fiscal no Rio de Janeiro, além de questões tributárias e regulatórias.